Walter Chicharro Presidente PS Nazaré Na reunião da passada 2ª feira 23 de Agosto, o executivo da Nazaré aprovou uma proposta em que reclama medidas de protecção para a sardinha e carapau perante as “capturas intensivas e extensivas aos juvenis destas espécies”, que colocam os “stocks” em “sérios riscos de colapso”. No dia 25 de Agosto, a Fileira do Pescado negou, em comunicado, que os “stocks” de sardinha e carapau estejam em risco e garantiu que estas espécies são abundantes. A Fileira do Pescado, que integra as principais organizações do sector da pesca, veio a público lamentar “que esteja a ser criado um «falso problema» com base em opiniões emitidas sem qualquer sustentação científica e económica” e garantir que “o carapau e a sardinha são das espécies mais abundantes na costa portuguesa”.
Também o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, através de nota à imprensa vem contrariar as afirmações do Presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Eng.º Jorge Barroso. A Fileira do Pescado salientou ainda que a sardinha portuguesa tem um plano de gestão nacional reconhecido pela Comissão Europeia e pelo Conselho para a Conservação dos Oceanos (MSC) e acrescentou que esta é a primeira espécie certificada na Península Ibérica e a única pescaria de sardinha certificada no mundo. Quanto ao carapau, adiantou que a frota portuguesa pesca apenas cerca de metade das capturas máximas permitidas pela União Europeia e sublinhou que “a adopção de medidas injustificadas no âmbito da Política Comum das Pescas só vai resultar em benefícios económicos para frotas de outros países, nomeadamente de Espanha, que colocam facilmente o seu produto no mercado português”. Este é mais um exemplo concreto de que a autarquia da Nazaré não tem estratégia e persiste em fait divers, que não beneficiam ninguém e que, nos termos do comunicado da Fileira do Pescado, até podem beneficiar as frotas dos outros países, mas não a portuguesa e consequentemente a nazarena. Os nazarenos merecem mais do que mera demagogia populista, que nos lembra um estilo ainda mais rebuscado do que o do Eng.º Jorge Barroso. Mas se por acaso se trata mesmo do que suspeitamos, então Senhor Eng.º um conselho: confirme os dados e as informações científicas! Já lá vai o tempo em que se podia falar de cor!
0 Comentários