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Bullying na escola

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Clara Bernardino O regresso às aulas não traz só o cheiro a novo dos livros, dos cadernos e da mochila ou o reencontro dos nossos filhos com os colegas da escola e mais uma etapa do seu crescimento.Às vezes, também traz um problema “omisso”, que todos conhecemos bem e que nos habituámos a encarar como […]

Clara Bernardino O regresso às aulas não traz só o cheiro a novo dos livros, dos cadernos e da mochila ou o reencontro dos nossos filhos com os colegas da escola e mais uma etapa do seu crescimento.Às vezes, também traz um problema “omisso”, que todos conhecemos bem e que nos habituámos a encarar como “coisas de miúdos”. A agressão física e verbal, conhecida por bullying, é mais do que isso – é um problema social. Segundo alguns estudos publicados no nosso país, cerca de 40% das crianças, em Portugal, sofre com este problema. Os primeiros trabalhos sobre bullying nas escolas vieram dos países nórdicos, a partir dos anos 60, por Dan Olweus, na Noruega, e Heinz Leymann, na Suécia. Quem não se lembra de comentários menos simpáticos sobre outros meninos nos tempos de escola? Ou das brigas de grupos adversários em que “fortes” e “fracos” se degladiavam no recreio da escola?

A agressão física e verbal marca a nossa passagem pela escola, em qualquer geração. Se não fomos vítimas de bullying, fomos pelo menos espectadores… E quais são as formas de o agressor atingir os seus objectivos? Entre muitas outras que poderiam ser aqui elencadas, podem ser apontadas como exemplos: lançar / espalhar boatos; recusar socializar-se com a vítima; intimidar as pessoas que querem socializar-se com a vítima; criticar / gozar o aspecto físico, a forma de vestir ou outras (etnia, religião, dificuldades). Esta forma de agressão, chamada “bullying”, pode levar, em casos extremos, ao suicídio, surge na escola e é vivido com grande intensidade entre crianças de ambos os sexos, entre os onze e os dezasseis anos. E quais são os caminhos para parar o bullying? Promover a disciplina; criar boas práticas; estimular a tolerância e solidariedade; ensinar as bases da amizade; menos televisão, vídeo-jogos e actividades de computador; mais actividades desportivas. Em relação à vítima devemos ter atenção aos seus sinais de aviso, de forma a ser possível uma rápida intervenção, pelo que importa observar se existe na vítima um inesperado desinteresse pela escola; uma mudança súbita no percurso casa – escola; piores resultados escolares; a vítima tem ainda tendência a afastar-se da família e das actividades escolares; sai zangado ou deprimido das aulas; por vezes rouba dinheiro em casa, para dar ao agressor; fica triste, deprimido, zangado ou apavorado quando recebe uma chamada ou um e-mail; apresenta, ainda, comportamentos desadequados à sua personalidade; rasga ou perde roupa; usa linguagem depreciativa quando fala dos colegas, deixa de falar das actividades diárias; tem marcas físicas e não as justifica de forma consciente e credível; tem indisposições (dores de cabeça, ataques de pânico, dificuldade em dormir ou dorme demais); está permanentemente exausto; brinca sozinho ou procura os adultos. E qual é o motivo pelo qual a vítima não se queixa? Porque, tem vergonha; sente medo de retaliações; acha que maus-tratos fazem parte do crescimento; acredita que os adultos não estão isentos de culpas, pois também humilham e maltratam; aprende que não se fazem denúncias. A provar-se o sentido da máxima popular “Casa de Pais, Escola de Filhos” e se tem um filho adolescente, esteja atento aos sinais e procure ajudar a escola a desenvolver os valores de cidadania que o seu filho já tem, mas que precisam de ser consolidados a cada instante. Ajude-o a começar o ano escolar com mais confiança em si próprio e com mais “consciência social”.

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