É esta a razão para festa e foguetes? O mais importante, na minha opinião, é que a Nazaré se encontra abaixo do poder de compra nacional. Se ponderarmos a vertente do poder de compra gerado por receitas turísticas, então a descida do dinamismo do concelho é bem visível, numa altura (2007) em que a crise internacional, razão para muitos dos problemas da Nazaré na opinião do máximo responsável do executivo PSD, ainda não havia chegado.Os executivos PSD dos últimos 17 anos não foram capazes de alavancar a economia do concelho, de gerar mais-valias para todos, de implementar estratégias para cativar capitais e investimentos que tragam mais qualidade de vida e poder de compra aos munícipes do concelho. Várias são as evidências disso: não houve capacidade de atrair empresas, ainda que exista em construção uma Área de Localização Empresarial que sofreu atrasos e mais atrasos e veremos quando será concluída; o turismo, actividade principal do concelho, vive há muitos anos dos esforços dos empresários hoteleiros, da restauração, do comércio, não havendo capacidade do executivo municipal de gerar eventos que atraiam consumidores ao concelho, por muito que alguns senhores afirmem que a dinâmica da Nazaré é caso para estudo e que há animação de 1 Janeiro a 31 Dezembro.Por último, e sabendo que há muito por fazer e apenas pretendo indicar alguns “caminhos”, a Nazaré tem de virar o Turismo para o Mar, é no Mar que está o futuro, com eventos gastronómicos (o Festival do Carapau Seco, da Caldeirada, da Sardinha), com realce ao papel do Pescador na história da Nazaré com os seus usos e costumes, com melhoria da qualidade das águas e areias das praias do concelho (não entendo o desaproveitamento turístico da Praia do Norte no Sítio e da Praia dos Salgados em Famalicão), através de parcerias com Universidades para que se faça o estudo do Canhão da Nazaré com a respectiva divulgação, com provas desportivas (natação, motonáutica, triatlo, pesca desportiva e submarina, regatas, etc.), com a recuperação do Porto de Abrigo, etc. Tudo isto no sentido de atrair diferentes públicos turísticos que façam da Nazaré terra de Turismo o ano inteiro, algo que não é actualmente.