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Milhares de pessoas prestaram no último adeusao Bombeiro João Pombo

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Carlos Barroso Milhares de pessoas participaram em Alcobaça nas cerimónias fúnebres do bombeiro da corporação local que morreu no passado dia 9 de Agosto no combate ao incêndio de São Pedro do Sul. Na missa, que decorreu na igreja do Mosteiro de Alcobaça, estiveram presentes, além de muitos populares, representantes de corporações do distrito de […]
Milhares de pessoas prestaram no último adeus<br>ao Bombeiro João Pombo

Carlos Barroso Milhares de pessoas participaram em Alcobaça nas cerimónias fúnebres do bombeiro da corporação local que morreu no passado dia 9 de Agosto no combate ao incêndio de São Pedro do Sul. Na missa, que decorreu na igreja do Mosteiro de Alcobaça, estiveram presentes, além de muitos populares, representantes de corporações do distrito de Leiria e também de outros locais do país, autarcas, deputados, o governador civil de Leiria, o secretário de Estado da Protecção Civil e o ministro da Administração Interna, entre outras entidades. Durante as cerimónias, num ambiente de grande consternação, a urna do bombeiro João Pombo, de 42 anos, esteve coberta por uma bandeira da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça.

No final da missa, o comandante distrital de operações de socorro, José Manuel Moura, enalteceu a personalidade do bombeiro que partiu de “forma trágica” e “prematura”, mas “abraçado à causa que jurou ser sua”, palavras que arrancaram dos presentes uma prolongada salva de palmas. As palmas tornaram-se a ouvir à passagem do funeral pelas ruas de Alcobaça e que levaram ao encerramento de muitos estabelecimentos durante um percurso de cerca de 1,5 quilómetros, até ao cemitério, onde João Pombo foi sepultado no talhão dos bombeiros. O funeral de João Pombo coincidiu com o quarto aniversário da morte, também num incêndio, em Porto de Mós, de uma operadora de comunicações do Centro Distrital de Operações de Socorro de Leiria, Viviana Dionísio. O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, defendeu uma reflexão sobre o “flagelo” dos incêndios que leve “à transformação da floresta portuguesa” e ponha cobro à perda de vidas de bombeiros. “Após este período é preciso que congreguemos esforços no sentido que reflictamos de maneira a que seja possível iniciar um caminho que está por iniciar, que leve em primeiro lugar à transformação da floresta portuguesa”, afirmou Duarte Caldeira, considerando que “o problema está nela”. “Nós não podemos continuar a permitir de uma forma que, digamos resignada, que estas coisas continuem a acontecer sem que pelo menos nos questionemos sobre o que fazer para alterar este estado de coisas”, reiterou o presidente da LBP, sustentando que existem “questões profundas” em matéria de incêndios que abrangem “todos os decisores políticos, todos os cidadãos”. “Nós temos um problema: é que quando sai da agenda mediática, os incêndios florestais são esquecidos até ao ano seguinte”, observou o dirigente, lembrando ainda que nos últimos anos os fogos foram atípicos. “Já temos neste período de Julho Agosto, três mortos, o que é de facto um grande abalo para um dispositivo destes que tem um grau de empenho e de força tão grande”, lamentou Duarte Caldeira. “É preciso dar ânimo a estes homens e a estas mulheres para que se mantenham com a força que normalmente os caracteriza para enfrentar este flagelo que é um flagelo sobre o qual nós temos que decididamente reflectir colectivamente”, adiantou. O ministro da Administração Interna também presente disse que a melhor homenagem que se pode prestar aos bombeiros mortos nos incêndios é continuar o combate aos fogos, reiterando o apelo para que as pessoas se abstenham de condutas criminosas contra a floresta. “Faço aqui mais uma vez este apelo: para que todos se abstenham de condutas, quer intencionais quer negligentes, que ponham em causa a floresta. São condutas criminosas”, afirmou. “Queria aqui repetir aquilo que ouvi dizer na homilia: a melhor homenagem que nós lhe podemos prestar naturalmente é continuar este combate, para defender pessoas e bens, para defender a floresta portuguesa, e é abstermo-nos de quaisquer condutas”, acrescentou o governante. Rui Pereira salientou que João Pombo, “em condições de grande heroísmo de grande bravura, deu a sua vida pela comunidade para combater este flagelo que são os fogos florestais no nosso país”. “Em 122 anos de história é a primeira vez que morre um bombeiro da corporação em serviço”, lamentou o comandante dos bombeiros, Mário Serol. João Pombo, que residia nas proximidades do quartel de Alcobaça, era bombeiro há cerca de 20 anos e tinha a categoria de subchefe no activo. Era casado e tinha dois filhos, um deles, menor de idade.

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