Não lhe parecia mal ser um como todos os outros, e não se achava com direito a passar por cima das horas de trabalho, dos momentos duros, das verdades difíceis, dos fracassos, dos recomeços, da espera e da constância.Não sei bem qual foi o momento exacto em que descobriu em si os poderes capazes de o fazerem passar por cima dos obstáculos, de lhe abrirem portas que pareciam impossíveis de ultrapassar, de lhe tornarem fácil aquilo que antes era difícil e duro e demorado.Chegou longe. Enriqueceu. Teve o seu nome nos jornais. Obteve lugares importantes. Foi nomeado. Admirado. Eleito. Tornou-se uma pessoa importante.Com a mentira, pouco a pouco, descobriu outros poderes que lhe davam grandes vantagens. O maior deles foi o de se tornar capaz de silenciar a consciência: aquela vozita incómoda que muitas vezes o censurava. Tornou-se capaz de avançar pisando os outros, sem que isso o preocupasse; de roubar chamando ao roubo outro nome. E isso permitia-lhe avançar ainda mais depressa.Não sei que fim teve; nem mesmo se teve um fim. Se calhar existirá enquanto houver homens. Se calhar ele é muitos e anda por aí: talvez também, de algum modo, em ti e em mim.
Ele
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