Paulo Alexandre O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, anunciou que não autorizará obras de remodelação do Hospital de Alcobaça anunciadas pelo Ministério da Saúde. O autarca oferece, ainda, a área do MercoAlcobaça, propriedade da Câmara instalada numa das principais entradas da cidade, para a instalação de uma grande unidade de saúde, que sirva toda a região. Esta é a reacção do autarca ao anúncio do Ministério da Saúde sobre a desistência da construção do novo Hospital oeste-norte, um dos projectos incluídos no plano de compensações acordado entre o Governo e os municípios do Oeste, como forma de minimizar os “prejuízos” causados pelo abandono do aeroporto da Ota.
A Ministra da Saúde, Ana Jorge, esteve, recentemente, reunida com os autarcas do oeste e anunciou que o Governo tinha desistido da nova unidade, antes estudada como forma de minimizar os custos nesta área e de reunir num único espaço valências que se encontram dispersas e distantes dos utentes da região. A governanta adiantou que, a
alternativa, era a comparticipação de obras de remodelação das actuais unidades de saúde (Alcobaça e Peniche) e de ampliação do Centro Hospitalar de Caldas da Rainha.
O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, escreveu, entretanto, ao Primeiro-Ministro a “exigir soluções quanto à política de saúde para o Oeste”, sublinhando que “não se pode estar todas as semanas a divulgar informações diferentes” sobre o mesmo assunto. Os autarcas da região temem que depois de mais este recuo nos investimentos compensatórios prometidos ao Oeste, as comparticipações, agora anunciadas, na remodelação da actual rede de saúde, também não cheguem ao destino, ficando os utentes e a Região Oeste sem os serviços de qualidade e investimentos avultados prometidos há vários anos. Alcobaça, que foi inicialmente apontada como a melhor localização para o Hospital oeste-norte, comprou um terreno, em Alfeizerão, destinado a esse investimento, mas depois da desistência do Governo admite não ter um “plano B” para o terreno que custou cerca de 1,4 milhões de euros aos cofres públicos.
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