Artista é acompanhada em palco pelos guitarristas António Chainho e Fernando Alvim David Mariano Foi a voz dos Madredeus e depois de Amália Rodrigues talvez a voz que o mundo melhor reconheceu vinda de Portugal: Tereza Salgueiro, agora a solo (após a separação do colectivo fundado e liderado por Pedro Ayres Magalhães), vai subir ao palco do Cine-Teatro de Alcobaça no próximo dia 27 de Junho, domingo, pelas 22 horas, acompanhado por dois dos maiores mestres da guitarra portuguesa, António Chainho e Fernando Alvim. Olhamos para ela e parece que o tempo não passou, mas a verdade é que Tereza Salgueiro já conta com mais de vinte anos de carreira (ninguém diria), continuando a distinguir-se como um dos talentos vocais mais emblemáticos da actualidade.
Desta vez apostada numa carreira a solo, e depois do lançamento no ano passado do seu primeiro disco após a saída dos Madredeus: “Matriz” (antes disso tinha já editado “Obrigado”, “Você e Eu” e “La Serena”), a cantora portuguesa chega a Alcobaça para apresentar um espectáculo composto por temas da música nacional onde a artista traça um percurso que vai desde o período medieval ao séc. XX. Duas décadas de vida artística, contudo, ainda ficam longe dos mais de 40 anos de António Chainho à guitarra ou do próprio Fernando Alvim que só durante 25 anos foi companheiro de estrada de Carlos Paredes, tendo ainda sido responsável pela criação de harmonias e acompanhamentos de temas deste artista. Se o primeiro é hoje reconhecido como um dos melhores intérpretes da guitarra portuguesa, apostando na divulgação e no destaque do instrumento das doze cordas (Chainho tem aliado a tradição do fado às novas tendências e ao longo da sua carreira acompanhou alguns dos grandes nomes da música portuguesa e estrangeira como Carlos do Carmo, José Carreras ou Maria Betânia), a sua cumplicidade com Fernando Alvim resulta de anos de partilha de palcos e emoções, ligação que se revela sempre que a sua viola de fado “conversa” com a guitarra portuguesa.
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