Tânia RochaEstá patente no Centro Cultural da Nazaré, até ao dia 28 de Fevereiro, uma exposição sobre o Carnaval da vila, intitulada “Do Entrudo ao Carnaval”.A exposição foca a evolução do Carnaval nazareno até aos dias de hoje. Mostra, não só como era e é hoje vivido o Carnaval, como também dá um realce à crescente presença das mulheres nesta grande festa popular. Desta exposição fazem parte fotografias, fatos de Carnaval, documentos antigos, marchas, e ainda um vídeo, que espelha como o Carnaval nazareno é vivido de uma forma tão particular, onde as gentes da terra são as personagens principais.

Neste vídeo, com edição de Quim Zé Batalha e NazaréTV, são mostradas algumas imagens antigas do Carnaval nazareno, outras mais recentes dos diversos elementos desta festa, e ainda algumas imagens de diversos grupos de Carnaval, em vários momentos de convívio.Na exposição, junto com cada peça de vestuário, está uma breve explicação do respectivo grupo. “Os animados”, “Maltezas”, “São muitos anos”. “O Mundo VIP”, “Gramesindas”, “Trotinetas”, “Vikas”, “Recordações do Sítio”, “Aí vêm elas”, “Varandas da Nazaré”, “Elas sem eles”, “As Bastionas”, “Blékutes”, “Os Viks”, “Os Batilhões”, “Imperialband”, “Salta Pá Terra”, “Os Sustos” e “Os Bicicletas” são alguns dos inúmeros grupos do Carnaval nazareno presentes nesta exposição. Além disso, ainda podemos encontrar um documento sobre a Romaria ao Monte de S. Brás e sobre as Festas de Santo Amaro. À entrada do Centro Cultural da Nazaré está um texto do professor e etnólogo nazareno José Maria Trindade, que tem como título “O Carnaval é para os nazarenos o ritual mais alto da sua vida colectiva”. Quando se entra na exposição pode ler-se no chão, “o Carnaval da Nazaré não se explica, sente-se”. Esta exposição sobre o Carnaval nazareno, promovida pela Câmara Municipal da Nazaré, em colaboração com o Museu Dr. Joaquim Manso, “pretende realçar toda a riqueza e significado cultural inerentes a uma festa tão popular e genuína, como é o Carnaval da Nazaré”.