Tânia Rocha A baixa de preços repete-se. Após o Natal, muitas lojas começam a reduzir os preços dos artigos para estimular a venda e escoar melhor os produtos. A Nazaré não é excepção. Ainda no mês de Dezembro, muitas lojas do comércio tradicional da vila começaram a praticar promoções. No entanto, de acordo com alguns comerciantes, as vendas não aumentaram significativamente nas lojas de rua. Segundo Rute Costa, comerciante de vestuário na rua Sub-Vila, “nos primeiros dias trabalhou-se alguma coisa, mas agora está tudo muito parado, não estou a ver grande afluência aos saldos”. Começou com as promoções no dia 28 de Dezembro, mas não tem vendido mais do que o habitual com a redução dos preços. Acha que o comércio está “mais fraco este ano” e aponta como razão principal a falta de dinheiro, “as pessoas não têm dinheiro”. Esta comerciante diz ainda que “a Nazaré tem um grande problema, que é o facto de as pessoas comprarem muito fora, esquecendo-se das lojas da vila”.
Também Ivone Santos, comerciante de calçado na mesma zona, começou a redução dos preços na mesma altura. Também não nota um aumento significativo das vendas, mas diz que “quando as pessoas precisam, os saldos ajudam”. Ainda é cedo para comparar contas, mas também salienta “que a maior parte dos clientes não são da Nazaré”. Considera que a proximidade das grandes superfícies prejudicam o comércio tradicional, principalmente pela competitividade dos preços, assim como o facto de muitas lojas não abrirem ao fim-de-semana, não favorecendo a circulação dos potenciais compradores numa das principais ruas de comércio de rua na Nazaré, a rua Sub-Vila. Apesar dos preços reduzidos, os comerciantes do sector têxtil da Nazaré não atravessam um período de grande crescimento ao nível das vendas. Contudo, os saldos vão continuar até ao final de Fevereiro.
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