Carlos Barroso Não se sabe quem terá iniciado o boato, mas este, como qualquer um dos bons, espalhou-se depressa e provocou o pânico entre os jovens, pais e professores. A mensagem, que tem sido propagada através de SMS e poremail, dá conta da existência de um grupo organizado de jovens que estaria a actuar com extrema violência, chegando ao ponto de cortar a boca das suas vítimas, rasgando-a como se fosse um “sorriso há palhaço”. Omodus operandido gang seria de abordar os jovens vítimas, em especial raparigas, sequestrando-as e obrigando-as a escolher entre serem violadas, espancadas ou ficarem com “boca há palhaço”. Desconhecendo o verdadeiro teor desta última, as raparigas optariam pela terceira escolha, acabando assim no hospital.
Osemails, que circularam aos milhares, chegou mesmo a ser colocada uma fotografia de uma jovem de perfil, “a posar” com a boca cortada. Para tornar mais verídica a mensagem, o autor fala sempre na existência de vítimas que se encontram internadas no hospital, após terem sido cortadas. Este caso tem chegado a escolas na Nazaré e Alcobaça e levou as autoridades policias enviarem num dos comunicados de imprensa uma mensagem onde revelam que são infundadas as mensagens. A PSP alerta para o facto de estarem a circularem diversos SMS em outras cidades do País, sobre a “Chegada a determinada cidade do – Gang da Boca de Palhaço” e para situações de “violação, espancamento ou de boca de palhaço” a PSP informa que “estes SMS são completamente infundados e quem verifique algo de “anormal” a este nível, comunique de imediato a situação às autoridades policiais”. Na Nazaré, como em Alcobaça quem receber estas mensagens deve informar a PSP ou a GNR, através do Programa da Escola Segura. “Trata-se de um boato, sem qualquer fundamento, que inclusivamente já foi desmentido pelas autoridades policiais e pelas entidades de saúde, o qual tem lançado o pânico em muitas escolas e famílias da região”. Esta mensagem para uma fonte polícia é uma falta de civismo por parte dos autores deste tipo de mensagens, com implicações na estabilidade social e na manutenção da ordem pública.
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