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Cães do Canil Municipal foram salvos da morte

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Funcionária da autarquia livrou quatro cães do abate Tânia Rocha Eram quatro os cães capturados que estavam no Canil Municipal a aguardar pelo dia do abate, o qual teria lugar na passada semana. No entanto, estes animais foram todos salvos da morte por alguns benfeitores que os adoptaram, graças à divulgação da condição por uma […]

Funcionária da autarquia livrou quatro cães do abate Tânia Rocha Eram quatro os cães capturados que estavam no Canil Municipal a aguardar pelo dia do abate, o qual teria lugar na passada semana. No entanto, estes animais foram todos salvos da morte por alguns benfeitores que os adoptaram, graças à divulgação da condição por uma funcionária da autarquia. A Câmara Municipal da Nazaré noticiou, recentemente, no dia 5 de Setembro, que estava a dar “início ao processo de adopção dos animais recolhidos na via pública”. Contudo, a adopção dos quatro animais, que actualmente tem um novo lar, partiu de um pedido de ajuda de uma funcionária da autarquia, Tânia Murraças, para a “Associação Desprotegidos em Leiria”. Após a funcionária pedir ajuda para salvar os animais e enviar algumas fotografias, a Associação divulgou na Internet e via e-mail, no dia 31 de Agosto, que estes animais seriam salvos do abate, caso fossem adoptados. Responderam a este apelo várias pessoas, o que proporcionou o começo de uma nova vida para estes seres. Segundo o comunicado da autarquia, “a lista de interessados ultrapassou o número de animais recolhidos”.

Três dos animais foram adoptados no passado dia 7 de Setembro e um deles só foi recolhido na passada sexta-feira. Tânia Murraças tomou esta atitude, porque costumava alimentar dois dos animais de rua que foram capturados. Quando soube que estavam no Canil Municipal à espera de serem abatidos, pediu para os ir alimentar e tentou salvá-los da morte, objectivo que concretizou com sucesso, graças ao interesse demonstrado pelo conjunto de pessoas e associações que ficaram sensibilizadas com a situação e disponibilizaram-se para adoptar os animais. Tânia Murraças acha que “o que costuma acontecer aos animais é uma injustiça”. As instalações do Canil Municipal são compostas por apenas uma jaula, com uma divisória ao meio, com cerca de quatro metros quadrados, sem qualquer espaço exterior. Falámos com algumas duas pessoas que adoptaram dois dos animais, que nos confirmaram que souberam desta situação via e-mail. Pedro Pereira veio de Lisboa e adoptou um São Bernardo, já Elisabete Sousa reside na Marinha Grande e levou o Cão de Água. Elisabete Sousa confessou que “não sabia que a Nazaré não tinha uma associação de protecção de animais” e referiu “que era um crime abater um cão saudável com um ano de idade”, salientando que “é um crime abater cães assim”. Elisabete Sousa ainda disse que “a Nazaré não tem condições para recolher animais” e realçou que a lei obriga a Câmara a “ter um canil com condições”. A mesma ainda revelou que, não só “fiquei chocada quando vi as fotografias”, mas também quando “cheguei às instalações do canil”, porque “o que estava no chão era ossos e pão molhado”. Esta senhora foi resgatar o Cão de Água, para evitar que fosse abatido, e está actualmente a tentar arranjar-lhe um dono definitivo. Pedro Pereira já se tinha deslocado ao Canil Municipal no dia 2 de Setembro, mas não conseguiu resgatar o animal nesse dia, porque o veterinário municipal estava de férias. Só quando voltou ao canil, na segunda-feira seguinte, é que conseguiu levar consigo uma cadela São Bernardo. Pedro Pereira confessou que ficou “muito chocado” quando viu que o estado do Canil, “aquilo não é um Canil, são duas jaulas pequenas, sem condições, com quatro animais lá dentro”. O mesmo revelou que ficou “indignado”, com a “situação degradante” que viu, além de se sentir enjoado com o cheiro nauseabundo do espaço, “no chão estava pão esmagado misturado com fezes e urina”. Segundo o mesmo comunicado da autarquia, “está em fase inicial o projecto de instalação do futuro canil intermunicipal de Nazaré e Alcobaça”, um projecto que já se arrasta há vários anos. No entanto, na mesma nota de imprensa está referido que “o local, que já recebeu uma visita técnica de representantes das duas autarquias, sofreu uma intervenção de requalificação e, dentro de pouco tempo, deverá ser colocada a nova estrutura do canil”. “Proporcionar melhores condições de acolhimento aos animais recolhidos, enquanto aguardam pelo dono ou por um novo lar, é o principal objectivo deste projecto”. A vice-presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Mafalda Tavares, disse que “lançaram este processo de adopção de animais, porque houve muitos pedidos de pessoas interessadas”. Caso não tivessem recebido estes pedidos, a ordem era para matar, como tem vindo a acontecer há largos anos. Matar, sem olhar ao estado de saúde, à idade, ao tamanho, à beleza, à raça, aos olhos tristes destes animais. Matar sem olhar a nada, nem sequer, sem fazer um esforço para que isto não continue a acontecer. No entanto, estes quatro cães tiveram um final feliz, graças à persistência e compaixão da funcionária da autarquia, Tânia Murraças. Sem a acção dela, os abates aconteceriam inevitavelmente, sem o conhecimento da população, longe da atenção de todos. No entanto, este estado de coisas vai durar enquanto continuarem a capturar os cães, enquanto não tiverem condições para os ter, e enquanto não houver pessoas que façam com que esta situação mude e que consigam proporcionar outro fim aos animais abandonados. Porém, quem souber da existência de animais aprisionados no Canil, à espera do fim de vida, e pretender adoptar animais abandonados, pode contactar a Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos da autarquia e formalizar a intenção de adopção.

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