De 5 a 27 de Setembro sob o tema “Cinema e Pintura” David Mariano Vai decorrer no Armazém das Artes de Alcobaça, entre os dias 5 e 27 de Setembro, uma 1.ª Mostra de Vídeos que integra um conjunto de 5 documentários sob o tema “Cinema e Pintura”. A iniciativa inicia-se já no próximo sábado, pelas 16 horas (o horário mantém-se para todos os filmes), com a projecção do filme “Gravura: Esta Mútua Aprendizagem” (obra que integrou a última extensão do doclisboa 2008 realizada no Cine-Teatro de Alcobaça) de Jorge Silva Melo. Este título acompanha, através do testemunho de vários artistas plásticos (Bartolomeu Cid dos Santos, Rogério Ribeiro, Eduardo Nery, Ferreira da Silva, Guilherme Parente, Julião Sarmento, Júlio Pomar), o percurso e a história da Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, fundada em Lisboa em 1956 por um grupo de artistas e intelectuais.

No dia 12 de Setembro é a vez de “Ana Hatherly – A Mão Inteligente”, realizado por Luís Alves de Matos, filme que retrata a vida e carreira da escritora nascida no Porto e que hoje vive e trabalha em Lisboa como poeta, romancista, ensaísta e autora de várias traduções em diferentes línguas: o documentário acompanha a artista ao longo dos vários anos da importante produção artística, referenciada, a nível poético, como um dos nomes mais importantes das vanguardas portuguesas da segunda metade do século e que foi um dos principais elementos do grupo de Poesia Experimental nos anos 60 e 70. Jorge Silva Melo volta no dia 19 de Setembro com outro filme da sua autoria: “Nikias Skapinakis: O Teatro dos Outros” mostra-nos o artista plástico português do mesmo nome, isto num filme que parte da exposição, de Nikias Skapinakis, “Quartos Imaginários” apresentada na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva e constituída por recriações de quartos de artistas e escritores. A terminar, no dia 26 de Setembro, temos “Ngwenya, O Crocodilo”, uma obra sobre o artista Malangatana, homem multifacetado, pintor, ceramista, cantor, actor, dançarino e presença assídua em numerosos festivais, afirmando sempre a sua origem africana e moçambicana. Sempre aos domingos, também às 16h, é exibido um curto documentário intitulado “Pintura Colectiva”, da autoria do Instituto de Tecnologia Educativa: um documento que data do ano de 1974 e que retrata a pintura de um painel colectivo na Galeria de Belém pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos, iniciativa onde estiveram envolvidos nomes como Júlio Pomar, Querubim Lapa, João Abel Manta, Helena Almeida, Eduardo Nery ou João Vieira e que visava criar na época uma nova política cultural.