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Rostos de quem organiza as marchas nazarenas

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Marchas Populares da Nazaré cada vez com mais participantes Tânia Rocha Os Santos Populares são sinónimo de festa, animação, sardinha assada e manjericos, entre outros elementos característicos desta época festiva. A Nazaré não é excepção. Além destes ingredientes, juntamos também a criatividade, o prazer e a imaginação. A invenção que estes rostos nazarenos proporcionam, transformam […]
Rostos de quem organiza as marchas nazarenas

Marchas Populares da Nazaré cada vez com mais participantes Tânia Rocha Os Santos Populares são sinónimo de festa, animação, sardinha assada e manjericos, entre outros elementos característicos desta época festiva. A Nazaré não é excepção. Além destes ingredientes, juntamos também a criatividade, o prazer e a imaginação. A invenção que estes rostos nazarenos proporcionam, transformam estas festividades em momentos únicos, vividos intensamente por quem participa e dando alegria e cor a quem assiste. Inventam os fatos, os enfeites, a marcha e a dança, elementos que exibem alegremente para o público. Os grupos agregam-se por local, mas o resultado é uma grande união de cor, alegria e expressividade, que representa o que é também um dos aspectos importantes e presentes na cultura nazarena. No próximo sábado, dia de Santo António, as seis marchas vão exibir-se no Sítio, na Marginal e na Pederneira. As marchas já têm uma presença vincada nas festividades dos Santos Populares na Nazaré. Este ano são seis as que vão alegrar as ruas da vila, no dia 13 de Junho, 28 de Julho e num dia de Agosto, ainda por confirmar.

Em cada uma das marchas há uma ou mais pessoas que organizam e oferecem as ideias a um grupo, mas o resultado final só é possível, porque todos os outros elementos alinham nesta vivência, onde indiscutivelmente as mulheres estão presentes em maior número, identificando também neste aspecto, que o papel da mulher é bem notório na comunidade nazarena. Atrás destes rostos está um grande número de pessoas que procuram divertir-se e participar activamente nas tradições nazarenas, mas sobretudo, manter vivas as tradições que caracterizam tudo aquilo que pertence à cultura nazarena. Vamos conhecer um pouco mais de cada das marchas nazarenas. Marcha Varandas da Nazaré Santana Estrelinha e Odete Robalo são as organizadoras da marcha Varandas da Nazaré. A marcha, existente há seis anos, inicialmente era organizada só pela Santana, mas há quatro anos, passou a ter também a colaboração de Odete Robalo. A letra é da autoria de Odete, a marcha é cantada pelas vozes de Odete e Santana e a coreografia é imaginada pelas duas. Os arranjos musicais foram feitos por Porfírio Laborinho. Têm como tema “As Caravelas Portuguesas” e vão vestidas de dourado e preto, com uma caravela à cabeça e uma vela na mão, onde o brilho que caracteriza esta marcha não vai faltar. Levam 25 pessoas, mulheres, homens e crianças, e têm como madrinha a Neusa Bem e como padrinho o Carlos Maranhão. Santana decidiu fazer uma marcha porque “gosta das marchas, gosta de ver e participar”. Odete partilha da mesma opinião, dizendo que “gosta muito do festejo e do impacto desta festa típica”, na qual engloba aspectos da cultura da Nazaré, quando compõe a letra. Marcha da Ana Maria Este já é o sétimo ano que Ana Maria Mendes organiza a marcha popular, “porque a Nazaré precisa desta alegria, porque o nosso povo é muito alegre, vive com muita intensidade e adora tudo o que lhe dá gozo e prazer”. A sua marcha é composta por 34 elementos, são maioritariamente mulheres, mas também estão presentes quatro crianças, e um homem. O tema que Ana Maria Mendes escolheu para este ano foi “S. Pedro e o Mar da Nazaré”. É a autora dos fatos e da letra da marcha, inspirados no milagre de S. Pedro. Os participantes vão vestidos de grená, azul e dourado, com os fatos enfeitados com rendas, bordados e bordados à mão. Levam à cabeça um chapéu enfeitado com um peixe e os arcos na mão, com o tradicional balão iluminado. A marcha, de arranjos musicais produzidos por Nuno Abelha, é cantada por Cláudia Zarro, Ana Palmira e pela própria organizadora. Os Padrinhos da marcha da Ana Maria são a Célia Ferreira e o João Veríssimo. Ana Maria Mendes é quem pensa todo o espectáculo, mas não esquece a colaboração, entre outros, de Lisete Esgaio, Júlia das Flores, que enfeita os chapéus, e Pompeu Tomé, que fez os arcos. Marcha da Adélia Adélia Piló organizou, pela primeira vez, uma marcha popular em 2000. Posteriormente, fez a letra para a marcha da Pederneira durante dois anos, mas este ano quis voltar a organizar uma marcha popular. Adélia Piló escolheu como tema para a sua marcha “Marés vivas”. É a autora da letra e da coreografia, e a música foi feita por Porfírio Laborinho. A voz que a canta é a de Rosalina Maria, com o coro de António Duarte e José Artur. Esta marcha popular é composta por 22 mulheres e 14 crianças. Os elementos vão vestidos de azul, amarelo, rosa e branco, com a gola enfeitada com as sete cores do arco-íris. Os arcos também não vão faltar. A madrinha da marcha é a Natacha Estrelinha e o padrinho ainda está sob confirmação. Adélia Piló organiza esta marcha, porque “gosta das marchas populares” e porque acha que não é só no Carnaval que deve dar o seu contributo. Marcha do Clube Valadense A marcha do Clube Recreativo Beneficente Valadense leva este ano 40 elementos, e este já é o sétimo ano que está presente enquanto marcha popular. É composta por homens, mulheres e crianças, vestidos de branco, vermelho e verde, que levam arcos de todas as cores, enfeitados com abóboras e cenouras. O tema deste ano é a “Serra da Abóbora”. Segundo a presidente do Clube, Teresa Bonito, a letra da marcha foi inventada e é cantada por todos os elementos, e a coreografia também teve a colaboração de todos os membros. Esta marcha é apadrinhada por João Bonito e Carolina Gameiro. Marcha da Pederneira A marcha da Pederneira é a mais antiga da vila, começou em 1996. No entanto, só há quatro anos é que Conceição Duarte, Fátima Figueira e Fátima Catela organizam este grupo, para “viverem momentos diferentes e dar continuidade à tradição”. Este ano são 28 fadistas, contanto com mulheres e crianças, que vão animar, de viola ao peito, as ruas da vila, vestidas de azul, preto e branco. A letra da marcha foi composta por João Veríssimo e é cantada por Teresa Radamanto, acompanhada de Valter Loureiro e de José Artur. Os arranjos musicais são da autoria de Porfírio Laborinho. As organizadoras escolheram como padrinhos para este ano a Vânia Peça e Hélder Costa. As três tiveram a ideia dos fatos, da coreografia e do tema da marcha, contudo não prescindem da colaboração e ideias de qualquer um dos elementos, quando podem trazer alguns melhoramentos à prestação final do grupo, em qualquer aspecto. São a marcha da Pederneira, mas realçam que têm elementos de outras partes da vila, incluindo um marchante de Viseu. Marcha Varinas do Sítio do Grupo Recordações Maria Soledade é a organizadora já há três anos da marcha Varinas do Sítio. Este ano vão vestidas de branco e cor-de-rosa, com os fatos pintados à mão, em prateado, como é característico deste grupo. Nesta marcha só participam mulheres, por opção de Maria Soledade. Este ano a marcha Varinas do Sítio é composta por 31 senhoras e algumas meninas, e a madrinha é a Georgete. A coreografia e os fatos são da autoria de Maria Soledade, mas a letra foi composta por Joaquim Piló e os arranjos musicais foram feitos por Nuno Abelha. A marcha é cantada por Manuela Teixeira, Lídia Maurício, Lucília Maria e Alda Maria. Maria Soledade forma esta marcha, porque, segundo diz, “toda a minha vida vivi a cultura nazarena”. São as Varinas do Sítio e todos os anos, adaptam o traje da varina a outras localidades, mas nunca esquecendo a Nazaré. Maria Soledade faz questão de ensinar às suas marchantes alguns dos seus dotes manuais, o que permite que cada uma dela possa pintar o seu fato. Além disso, a organizadora faz questão de colaborar na execução dos mesmos, sempre que pode.

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