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Festival Cistermúsicasurge com a edição mais ambiciosa de sempre

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17.ª Edição percorre várias freguesias e igrejas do concelho É o Cistermúsica mais ambicioso de sempre e este ano será dedicado ao Universo da Música de Câmara: a 17.ª edição do Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça inicia-se no próximo dia 16 de Maio (termina a 20 de Junho), sábado, pelas 21h 30, no […]
Festival Cistermúsica<br>surge com a edição mais ambiciosa de sempre

17.ª Edição percorre várias freguesias e igrejas do concelho É o Cistermúsica mais ambicioso de sempre e este ano será dedicado ao Universo da Música de Câmara: a 17.ª edição do Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça inicia-se no próximo dia 16 de Maio (termina a 20 de Junho), sábado, pelas 21h 30, no Cine-Teatro de Alcobaça, com um concerto composto de obras de Handel, Haydn Mendelssohn, Schubert, Saint-Saens, Gounod e Roussini para quatro vozes (Carla Caramulo, soprano, Susana Teixeira, Ferando Guimarães, tenor, Rui Baeta, Barítono) e piano (João Paulo Santos). Tudo isto acontece no ano em que a direcção do Festival (Alexandre Delgado e Rui Morais) mostra uma maior preocupação com o serviço público e a descentralização (o certame irá percorrer 6 das 18 freguesias do concelho e algumas das mais belas igrejas da regiao), o ano em que surgem ainda 4 novas secções (“Cistermúsica Júnior”, “Concertos para Famílias”, “Cistermúsica Off” e o ciclo de cinema “O Cinema Vai à Ópera”), o ano em que se comemoram os 200 anos da morte de Haydn, os 200 anos do nascimento de Mendelssohn e os 250 anos da morte de Handel (é por isso que o concerto inaugural obras destes autores numa incursão pelo raro repertório paea quatro vozes e piano).

Teremos 12 concertos principais, 9 dos quais serão dedicados ao Universo da Música de Câmara (o lema que percorre todo o festival), a comemoração do bicentenário haydniano que terá o seu clímax na audição da oratória “A Criação”, num concerto coral-sinfónico que junta o Coro Lisboa Cantat, a Orquestra Académica Metropolitana e três solistas (Raquel Camarinha, soprano, João Cipriano Martins, tenor, e Nuno Dias, baixo-barítono) e dará a oportunidade de ouvir aquela que é considerada uma das obras-primas da música europeia bem no coração da Nave Central do Mosteiro de Alcobaça (dia 23 de Maio, sábado, pelas 21h 30). Depois de o evento ter visto a sua qualidade reconhecida pelo Ministério da Cultura e pela Direcção Geral das Artes (que atribuiu a maior classificação de sempre no plano de apoio às artes), o Cistermúsica traz ainda para o encerramento um dos maiores nomes da música antiga e que se apresentará em Portugal numa rara apresentação a solo: Jordi Savall, músico catalão, traz ao Mosteiro de Alcobaça a sua viola de gamba, num programa que irá percorrer algumas das composições mais emblemáticas feitas para esse instrumento e que inclui obras de Monsieur de Sainte-Colombe, que o próprio artista tocou no filme “Todas as Manhãs do Mundo” de Alain Corneau (exibido a 16 de Junho, pelas 21h 30, no Cine-Teatro de Alcobaça). Também a música portuguesa se irá destacar pela aposta no repertório para dois pianos, a partir de uma proposta original de Artur Pizarro e Vita Panomariovaite que reúne obra de Cláudio Crneyro, António Victorino D’Almeida, Tomás de Lima, Isabel Lupi e Fernando Lopes-Graça. A aposta em jovens talentos é igualmente reforçada em 2009, cujo programa inclui a estreia de duas obras encomendadas às jovens compositoras Sofia Sousa Rocha e Vanessa Valério, considerados dois dos nomes mais promissores da sua geração, e os vencedores do 1.º Concurso de Música de Câmara “Cidade de Alcobaça”: o Trio Impressões (Portugal) e Messiaen Quartet (Rússia) que juntam ao prémio a oportunidade de actuar no Cistermúsica. Não só: na sequência de uma parceria com o Concurso de Interpretação do Estoril, Rui Lopes, jovem fagonetista recentemente laureado, irá tocar ao lado do conhecido clarinetista alemão Sebastian Manz. Podemos, portanto, esperar uma programação (consultar caixa) capaz de conjugar obras conhecidas com obras raramente ouvidas ao vivo, e onde se sublinha também o lançamento de uma caixa de 5 CD’s com algumas das audições mais importantes realizadas no Cistermúsica entre 2002 e 2008 de obras portuguesas inéditas ou nunca antes editadas em disco, assim como de obras de inspiração inesiana estreadas ou ouvidas em primeira audição no Festival e que permitem ilustrar a missão que o Festival Cistermúsica tem cumprido até hoje. Ciclo de Cinema “O Cinema Vai à Ópera” Em conjunto com a sua programação, o Festival Cistermúsica inclui pela primeira vez um ciclo de cinema destinado a reflectir sobre a relação entre a Sétima Arte e a ópera, onde se podem encontrar filmes e autores que foram beber à tradição operática algumas das suas maiores influências. O ciclo inicia-se a 19 de Maio (será sempre no Cine-Teatro de Alcobaça pelas 21h 30) com “Senso” de Luchino Visconti, uma das maiores obras-primas do cineasta italiano e considerado um dos melhores filmes a resumir as afinidades entre o cinema e a ópera. Mais tarde, dia 26 de Maio, chega a vez de “Farinelli” de Gérard Corbiau, um retrato do lendário cantor castrato Carlos Maria Broschi, considerado uma das maiores vozes do seu tempo (séc. XVIII), seguido de “O Rei das Rosas”, a 2 de Junho, um drama intenso e operático filmado em Portugal por Werner Schroeter e que aqui nos dá a derradeira interpretação da actriz Margarida Montezuma ao som de obras e compositores como Puccini, Toscanini, Verdi e Mozart. Para terminar, temos “Todas as Manhãs do Mundo” de Alain Corneau, no dia 16 de Junho, um filme que conta com interpretações originais da época, interpretadas na banda sonora pelo músico catalão Jordi Savall (o nome que encerra o festival dias depois: a 20 de Junho) e que valeu a este artista o César na categoria de Melhor Banda Sonora em 1992.

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