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Liberdade, democracia e evoluçãoproclamadas pelos deputados

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Assembleia Municipal comemorou e relembrou a revolução de 25 de Abril de 74Tânia RochaA Assembleia Municipal da Nazaré fez as comemorações do 25 de Abril, no sábado de manhã, na Biblioteca Municipal.A celebração dos 35 anos da revolução de Abril começou com o hastear das bandeiras no edifício dos Paços do Concelho, seguindo depois o discurso […]
Liberdade, democracia e evolução<br>proclamadas pelos deputados

Assembleia Municipal comemorou e relembrou a revolução de 25 de Abril de 74Tânia RochaA Assembleia Municipal da Nazaré fez as comemorações do 25 de Abril, no sábado de manhã, na Biblioteca Municipal.A celebração dos 35 anos da revolução de Abril começou com o hastear das bandeiras no edifício dos Paços do Concelho, seguindo depois o discurso dos líderes partidários, na Biblioteca Municipal da Nazaré.Nesta sessão solene, todos falaram de 25 de Abril de 1974 como um grande e importante marco na história nacional, que mudou radicalmente os modos de vida dos portugueses. No entanto, todos deixaram no ar a mensagem de que é necessário continuar essa revolução e perdurar com o que ela significa.

Frederico Martins, deputado da CDU, foi a primeira voz que se ouviu nesta comemoração. Frederico Martins começou o seu discurso, referindo que “as políticas de Abril abriram novas portas ao povo português e ao destino do nosso país”. O deputado realçou a importância de todos os serviços públicos que foram colocados ao dispor do cidadão, que permitiram o desenvolvimento nacional e a melhoria da qualidade de vida de Portugal. Deu como exemplo, entre outros, o serviço nacional de saúde “que permitiu aumentar a esperança média de vida dos portugueses e reduzir drasticamente a mortalidade infantil”. No entanto, Frederico Martins disse que “passados 35 anos da revolução de Abril, os interesses do capital são superiores aos interesses do cidadão”. Frisou ainda que “as conquistas de Abril, foram conquistas do povo e para o povo, para a protecção dos trabalhadores, para uma maior justiça social, para um verdadeiro serviço público”. A seguir foi a vez da deputada Telma Ferreira, do Bloco de Esquerda, que falou da revolução de Abril, que não viveu, de uma forma muito poética. “Não tenho a memória física de Abril, do cravo… o meu corpo não sabe o que é transpirar o dia inteiro e não ter para quase nada. O meu sexo não sabe o que é não ser considerado sexo”. “A minha pele não sabe da violência que fechava a boca, da violência que cortava as pernas, da arma que disparava até matar os sonhos e, já com os sonhos mortos, o medo não permitia o refazer do sono”. Telma continuou o seu discurso, afirmando que “não há tempos mais importantes que outros, nós somos as portas abertas, somos movimento”. Estas foram algumas das frases cheias de caracterização, de imagens visuais de tempos sofridos. Contudo, Telma proclamou também a vontade, ou a necessidade, de outra revolução. “Espero que a liberdade de hoje me pergunte o que se passa…espero por ti, dia revolucionário”.Depois foi Orlando Rodrigues, do Grupo de Cidadãos Independentes, que proferiu o seu discurso para uma plateia cheia de autarcas. Orlando referiu que “ao celebrarmos o dia 25 de Abril de 74, estamos também a celebrar o passado”. O deputado referiu alguns dos nomes presentes da história de Portugal. Nomes de indivíduos que permaneceram vivos no tempo, pela importância e mudança que proporcionaram a todo o país. “Foi a revolução de Abril que devolveu a democracia. Foi a revolução de Abril que permitiu a Portugal entrar na caminhada do desenvolvimento. Hoje, 35 anos volvidos, compreendemos, melhor do que nunca, que sem democracia não há verdadeiro desenvolvimento”. Contudo, o deputado frisou que “a revolução dos cravos passou, mas devemos perpetuar a revolução das mentalidades”. “Viver Abril, não pode, nem deve ser um conceito político, é acreditar que se pode mudar, é acreditar em nós próprios, nas nossas capacidades, que podemos quebrar os nossos limites”.Teresa Coelho, do Partido Socialista, enfatizou que “foi a revolução de Abril que nos devolveu a democracia, que nos permitiu o tão desejado desenvolvimento. A revolução deu origem à evolução, à participação democrática, à decisão política ponderada e participada a uma maturidade do poder local”. Depois de falar da revolução, a deputada do PS falou na situação actual do país e das medidas que estão a ser tomadas para o país ultrapassar a crise económica e financeira que se vive actualmente. “35 anos depois do 25 de Abril, confrontamos com o desafio de maturidade, de exigência e de responsabilidade, em que as divergências devem ser assumidas com sentido de responsabilidade e com respeito. Em 35 anos Portugal evoluiu, cresceu e desenvolveu-se”.Edmundo Eustáquio, deputado do PSD e presidente da Junta de Freguesia da Nazaré, referiu também que “foi a revolução de Abril que permitiu a Portugal entrar na senda do desenvolvimento”. Salientou que “sem democracia não existe um verdadeiro desenvolvimento”, e disse também que,”hoje não temos um problema de democracia, mas temos um desafio que a todos convoca, de contribuir todos para a melhoria da qualidade da nossa democracia”. Edmundo Eustáquio falou da atitude de alguns na política, “há os que fazem e os que criticam, sem nunca nada ter feito”, e ressalvou que “o futuro começa agora, é necessário que nos concentremos sobre o que podemos trazer ao presente, para criar melhores condições de vida para as populações que nos elegeram. O futuro será o que dele fizermos hoje”.O presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Jorge Barroso, também foi um dos intervenientes nesta sessão. Barroso falou da crise, da conjuntura, da realidade que afecta do país e o mundo. “Não importa só a tomada de medidas, é também importante uma atitude de confiança e de esperança, que a crise pode ser debelada e que um novo equilíbrio sócio, económico e cultural possa ser encontrado, tão rápido quanto possível”. O presidente da CMN ainda disse que “é necessário que os valores de Abril da democracia, cidadania, participação, liberdade, responsabilidade, justiça social, não sejam esquecidos”. Barroso voltou a frisar que o concelho da Nazaré está classificado nos 30 primeiros com melhor qualidade de vida, reconhecendo contudo, os custos económicos e financeiros que isso acarreta, que coloca também a CMN na posição de uma das câmaras mais endividadas do país. “Aumentamos a qualidade de vida, seguramente que sim; iremos aumentar a dívida, é claro”.   Por último, coube ao presidente da Assembleia Municipal, José Bento Jordão, terminar a celebração de mais um aniversário da revolução de Abril. José Jordão relembrou que em breve vai começar o período de campanha eleitoral, e que é necessário que “sejamos verdadeiramente democratas e dentro da diferença própria de quem possa pensar de outra maneira, encontremos os pontos comuns que são os interesses do povo que dizemos defender”. José Jordão deixou no ar o desejo de que todos focalizem “as energias no desenvolvimento harmonioso do nosso concelho, para que assim, sim, possa haver mais justiça social, mais segurança, menos pobreza, enfim, melhor condição de vida das nossas gentes”.Um facto curioso nesta sessão, foi uma das frases proferidas no discurso de dois deputados, já ter sido dita pelo primeiro-ministro na apresentação do livro «30 anos do 25 de Abril – um retrato estatístico» e reproduzidos em vários portais de muitos municípios foi: “A democracia reforça-se quando os cidadãos participam, quando os governantes decidem, quando os autarcas realizam, quando o poder é exercido com convicção e sem arrogância, quando as convergências se procuram com vontade e com seriedade, quando as divergências são assumidas com respeito, elevação e sentido de responsabilidade”.

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