Desemprego: O pior da Crise!

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António SalvadorVereadorEstou muito preocupado. As pequenas empresas e as famílias estão longe de vencer a crise.Apesar das notícias sobre ligeiras melhorias no sector financeiro, e da imediata subida dos mercados, a verdade é que a crise económica está longe de ser resolvida, estamos longe de dizer que o desemprego não sobe mais e que as […]

António SalvadorVereadorEstou muito preocupado. As pequenas empresas e as famílias estão longe de vencer a crise.Apesar das notícias sobre ligeiras melhorias no sector financeiro, e da imediata subida dos mercados, a verdade é que a crise económica está longe de ser resolvida, estamos longe de dizer que o desemprego não sobe mais e que as pessoas não devem estar preocupadas com o futuro, seu e dos seus filhos.A crise económica é grave. À nossa volta, o desemprego aumenta, as dificuldades financeiras de famílias e empresas estão a crescer, e o Estado parece estar a intervir para apoiar os mais necessitados. Mas as medidas vão levar muito tempo até fazerem efeito e as pessoas se sentirem menos aflitas.

É verdade que os juros estão a descer, reduzindo os encargos financeiros da habitação e o crédito das compras. É verdade que o petróleo desceu e a gasolina está mais barata. É verdade que as mercadorias (matérias-primas, metais, cereais, produtos agrícolas) estão mais baratos nos mercados, mas não para o público em geral. Porquê?Mas também é verdade que as famílias estão sobrecarregadas com encargos, impostos, taxas e preços que, ainda assim, sobem em vez de descer. Veja-se as taxas do crédito ao consumo (usado em problemas de curto prazo) e a subida da electricidade. Porquê?Não posso deixar de reagir e pedir explicações. Como é que os bancos têm o apoio do Estado, com lucros fabulosos no passado, e agora não os usam para resistir à crise? E o Estado deve por dinheiro onde ele devia existir? Os gestores continuam na gestão dos disparates, impávidos e serenos, face à crise que ajudaram a criar, e a “assistir de camarote” aos problemas sociais das famílias e empresas. Não está certo!Porque é que um gestor público ganha mais do que o Presidente da República ou do que o Ministro que o nomeia? É caso para dizer: “melhor do que ser Ministro, é ser amigo do Ministro”! O pior é que esse mesmo gestor se auto compensa e remunera com bónus e prémios, mesmo sem apresentar resultados… No mínimo, é imoral.Este comportamento de “aves de rapina” dos gestores das grandes empresas e bancos onde há muitos accionistas mas ninguém sabe quem são os donos (tipo BCP, e afins) é condenável e criminoso. Deste quadro escapam as empresas onde os administradores são os próprios donos. Interessante…Mas há sinais de alguma mudança e esperança nas recentes decisões de alguns líderes políticos do mundo. Outros deverão segui-las. Será que vêm para ficar? Oxalá!Não estamos perante uma questão ideológica ou política. Estamos perante uma questão de princípio e de civilização! Espero que exista coragem para ir até ao fim, acabando com a falta de transparência dos “paraísos fiscais”, com o peso da “economia paralela” e com os crimes de “colarinho branco”.Se as contas das “economias paralelas” estivessem no sistema e pagassem impostos, todos podiam pagar um pouco menos. Talvez seja a única solução para vir a pagar a enorme divida que estamos a contrair para vencer a crise. Senão, a nossa geração e a dos nossos filhos estará hipotecada por muitos anos, e a pagar mais impostos.Agora temos de resistir. Logo que possível, temos de poupar e fazer como dantes: ter um pouco de terra para cultivar e nos sustentar. Julgam que estou a exagerar? Perguntem aos vossos avós…O cenário é mau, sobretudo para os muitos que não conseguem manter os postos de trabalho e que têm dívidas. Cabe à nossa solidariedade e ao Estado ajudar as famílias e as micro empresas.Uma das soluções para minimizar a crise social e de segurança (espero que não) é garantir e prolongar o subsídio de desemprego. Ao alargar a sua acção e tempo de aplicação, até que a economia se recomponha e crie postos de trabalho, reduzíamos alguns problemas sociais e familiares por falta de trabalho e de dinheiro. É algo simples de aplicar e que incide (imediatamente) em quem mais precisa!É importante o Estado ajudar a economia a funcionar. Mas é mais importante o Estado ajudar directamente as pessoas!

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