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“Está na hora de os alcobacensesexperimentarem outra liderança local”

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Rogério Raimundo Vereador da CMA, pela CDU afirmaEntrevista Tânia Rocha Região da Nazaré – Quais são as principais dificuldades de um vereador da oposição?Rogério Raimundo – Nestes quase 12 anos procurei conquistar os espaços mínimos para trabalhar com eficácia, respeitando o eleitorado que me elegeu. No primeiro mandato tive bastante dificuldade para conquistar um gabinete, […]
“Está na hora de os alcobacenses<br>experimentarem outra liderança local”

Rogério Raimundo Vereador da CMA, pela CDU afirmaEntrevista Tânia Rocha Região da Nazaré – Quais são as principais dificuldades de um vereador da oposição?Rogério Raimundo – Nestes quase 12 anos procurei conquistar os espaços mínimos para trabalhar com eficácia, respeitando o eleitorado que me elegeu. No primeiro mandato tive bastante dificuldade para conquistar um gabinete, onde pudesse atender os munícipes, os jornalistas, para telefonar ou escrever na Câmara Municipal. Só ao fim de um ano e alguns meses é que consegui esse espaço. Para que se saiba, não tenho um salário nem ajudas de custo, como têm os elementos que estão a tempo inteiro na Câmara Municipal. Apenas recebo a quantia de cerca de 70 euros por cada reunião em que estou presente. Circulo nos 400km2 do concelho à minha conta e no meu carro, para ver in loco problemas e estar presente nos muitos eventos para que sou convidado. Tenho retirado parte do meu salário para poder fazer um trabalho com qualidade, conhecendo bem a realidade, vendo todas as problemáticas dos diferentes pelouros, para depois poder interpretar politicamente estas questões.

R.N. – Qual o balanço que faz do seu mandato?R.R. – Balanço positivo, porque tenho trabalhado muito, respondendo às solicitações dos munícipes e das Instituições. Tenho participado activamente e contribuído em todos os assuntos. Este mandato tem uma particularidade, que consistiu na passagem das reuniões semanais a quinzenais, houve portanto, uma ligeira redução do trabalho. O atraso do QREN, por parte do Governo, originou um mandato com menos obras, menos acções e menos realizações. A CMA esteve a pagar as dívidas resultantes de aquisições com custos muito elevados, como foi o caso da Quinta de Serra (para a ALE da Benedita), e agora também a Quinta da Cela (Alfeizerão) para a eventual colocação do Hospital Oeste-Norte. Todos esses grandes investimentos fizeram com que a Câmara tivesse menos poder financeiro para poder realizar obras per si e assim as freguesias e as Instituições tiveram menos obras e menos respostas que a situação de crise exigia. R.N. – Mas não concorda com os investimentos que a Câmara Municipal fez?R.R.- Temos votado favoravelmente todas as obras de interesse e temos estado contra grandes questões políticas onde temos demonstrado a nossa alternativa, a nossa política diferente da maioria PSD/Sapinho. Votámos contra a aquisição destes dois terrenos por terem sido mal negociados e votámos contra a negociação do abastecimento de água “em alta” com a empresa Águas do Oeste, porque será um negócio completamente ruinoso para o bolso dos munícipes, se não conseguirmos renegociar o assinado em 2002. Por outro lado, a entrega das ETAR’s foi outro dos grandes erros da maioria PSD, e que neste mandato já se está a sentir na conta mensal do munícipe. De 2005 até agora, a factura da água e saneamento, no mínimo duplicou (e triplicou) para muitas famílias e empresas. Nem sequer as Colectividades, as IPSS ou as freguesias foram tidas em conta. Fomos a favor da implementação da Zona Industrial prevista no PDM entre Turquel e Benedita. Demoraram este tempo todo e ainda não há solução concreta.Não estamos contra a implementação de um novo hospital público se se provar como solicitámos o debate informativo e esclarecedor, com todas as partes. Não havendo certeza, foi um custo precipitado. Sou muito crítico com a maioria PSD, que não é capaz de envolver os interessados e dialogar com todas as entidades. Este Hospital Oeste-Norte deveria ser decidido com a parceria e negociações cordiais com os colegas autarcas vizinhos. Não haver uma boa dinâmica de cooperação estratégica entre as Câmaras Municipais, nomeadamente com a Nazaré, relevando as especificidades da região Alcobaça/Nazaré, é um grande erro desta maioria PSD/Sapinho. R.N. – Como são recebidas as suas propostas pela maioria? Há uma real execução das mesmas?R.R. – Nestes três mandatos tenho verificado que a maioria considera as minhas propostas positivas, mas grande parte delas não foram realmente aplicadas. Está na hora de mudar, está na hora de os munícipes de Alcobaça perceberem que há outra forma de governar. O município liderado pela CDU tem a vantagem de já ter as propostas amadurecidas. R.N. – Quais são essas propostas?R.R. – No site www.vivalcobaca.org os leitores do Região da Nazaré poderão encontrar as dezenas de propostas que apresentámos, arrumadas por pelouro. Actualmente, consideramos que a maioria PSD/Sapinho apresenta 29 frentes negativas (estratégia, revisão do PDM, cultura, educação, património, turismo, descentralização, juventude, habitação, Oeste, saúde, trabalhadores, geminações, eventos, etc.) e para todas essas frentes apresentámos alternativa. Já referi aqui algumas questões: envolvimento na decisão, água “em alta” tem de ser renegociada e valorizada a nossa riqueza no precioso líquido, soluções para o saneamento, custos da água e saneamento para as colectividades/IPSS e freguesias. Na área social fizemos propostas muito simples para rentabilizar o espaço das colectividades, para servir a terceira idade e a juventude, por exemplo. Com pequenos investimentos, por exemplo, se fosse aplicado um por cento do orçamento a esta causa, podíamos ter respostas de qualidade e de apoio a estas áreas. Esta foi uma das propostas bem encarada, mas que não foi implementada.Em relação ao turismo defendemos uma estratégia para atrair pessoas nas épocas baixas, que também não passou. Defendemos propostas relacionadas com a habitação social, porque há muitas freguesias que ainda têm muitas pessoas a viver em condições muito más, achamos que deveria haver mais resposta a estas necessidades. Também é um fracasso total desta maioria, porque em 12 anos ainda não foram completados os 112 fogos que o anterior presidente do PS (em 1992) tinha negociado com o Instituto Nacional de Habitação. Nós propusemos que houvesse mais habitação a custo controlado, que houvesse investimento no restauro de edifícios na cidade de Alcobaça e nas principais freguesias. Desta forma, evitava-se o vazio, a desocupação e propunha-se realmente o restauro de edifícios nos centros históricos. R.N. – Quando diz que as propostas eram bem encaradas, mas que não foram implementadas, isso significa que não há trabalho conjunto de todo o executivo?R.R. – Exactamente. Para haver uma boa governação local é preciso sonhar, é preciso fazer projectos, mas depois também é preciso saber envolver a população, os autarcas, as pessoas interessadas. Esta maioria não consegue envolver, nem sequer os dois vereadores da oposição. Nós temos 18 freguesias e temos cerca de 200 autarcas. Temos um “exército”, mas precisamos de os motivar e dar meios para realizarem a PAZ com obras e acções. R.N. – Enumerou aqui algumas coisas que tentou fazer, mas que não foram concretizadas. Consegue enumerar algumas que realmente fez para melhorar o concelho de Alcobaça?R.R. – Não há nenhuma estrada ou grandes obras, seja o Cine-Teatro, as piscinas de Pataias e Benedita, escolas e jardins, obras de SMPorto, requalificação urbana, saneamento, abastecimento de água, que eu não tenha aprovado. Não é aí que existe a diferença, nesses casos até houve a aceitação de algumas sugestões. Onde está a diferença é, de facto, na incapacidade de serem receptivos a propostas políticas centrais, que vamos implementar logo que tenhamos poder. R.N. – Quais os pontos fortes e pontos fracos do seu desempenho? Como se avalia?R.R. – Tenho a consciência tranquila, porque dou o meu melhor. As pessoas estão satisfeitas com a minha permanente intervenção política e com a informação que presto, quer através do site, quer por e-mail, nomeadamente pela divulgação do registo que faço das reuniões de Câmara. É claro que estaria muito mais satisfeito, se a maioria das propostas que apresentei estivessem a resolver os problemas concretos das pessoas e a dar mais felicidade e qualidade de vida. R.N. – Qual é que é a imagem que acha que as pessoas têm de si como político?R.R. – Vão-me transmitindo confiança e força, ao longo destes 3 mandatos. Para não desistir, para continuar, porque confiam em mim e acham o meu trabalho positivo e a prova é que me fazem chegar sugestões e críticas, de forma a melhorar o trabalho da CDU. R.N. – Acredita que a CDU pode conquistar mais vereadores com a não recandidatura do presidente Gonçalves Sapinho?R.R. – Nós preferíamos fazer o combate eleitoral com ele. Lamentamos que seja por motivos de saúde que não se recandidate a presidente de Câmara. No entanto, também ainda não sabemos se não é ele o candidato à presidência da Assembleia Municipal. Isso era o que nós preferíamos. Queremos derrotar o projecto PSD, liderado ainda por Gonçalves Sapinho. Nós vamos renovar a equipa, incluir jovens, mulheres e pessoas capazes de produzir boas soluções em todas as frentes e para todas as freguesias. Pensamos que está na hora de os alcobacenses experimentarem outra liderança local, uma governação CDU. Podemos fazer muito mais e melhor por Alcobaça e pelos alcobacenses. A maioria CDU, nas próximas eleições, será uma óptima notícia. Experimentar a gestão CDU, é transformar a governação local, será implementar um bom conjunto de boas práticas políticas de efectivo serviço público. R.N. – Foi novamente o cabeça de lista escolhido pela CDU para a CMA. O que mais gostaria de fazer se tivesse oportunidade, com uma posição mais forte?R.R. – Ter mais em conta a economia para criar mais riqueza e mais emprego com direitose procurar que o nosso concelho tenha respostas para as pessoas terem uma vida feliz. Descentralizar meios e competências para as freguesias e instituições. Atacar a dívida imensa deixada pelo PSD/Sapinho e criar mais fontes de receita. Concretizar todas as questõessociais importantes tendo em conta as Instituições e os autarcas das Freguesias. Fomentar o desporto popular, apoiar muito mais a dinâmica da cultura e o papel das nossas colectividades. Aumentar as respostas qualificadas no saneamento e potenciar a nossa riqueza em água. Outras das acções é concretizar a progressão de carreira de muitos trabalhadores da Câmara e dos Serviços Municipalizados. Os recursos humanos são outra questão muito mal conduzida por esta maioria. R.N. –Qual foi o percurso político e profissional?R.R. – Completei 33 anos de serviço na causa das colectividades. Actualmente, sou vice-presidente do Centro Cénico da Cela. Fui professor de Matemática, no 3º ciclo e Secundário, durante 30 anos e estive também dois anos como cooperante de professor em Moçambique. Além de docente, fui dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro, durante muitos anos. Fui presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Alcobaça, uma experiência que me deu outro conhecimento da realidade do nosso concelho. A nível político, sou militante do Partido Comunista desde 1977 e tenho feito parte da Concelhia desde 1980. R.N. – Quer acrescentar mais alguma coisa?R.R. – Espero que os alcobacenses estejam atentos e acreditem que são possíveis outras práticas políticas, se motivem para estes actos eleitorais, não fiquem em casa, votem e confiem na CDU. Nós iremos contribuir para unir os alcobacenses, abrir a Câmara para a resolução dos seus problemas e na busca de melhor qualidade de vida.

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