Quinta edição do certame volta ao Cine-Teatro nos dias 13 e 14 de MarçoO festival itinerante INjazz regressa na sua quinta edição ao Cine-Teatro de Alcobaça nos próximos dias 13 e 14 de Março, sexta e sábado respectivamente, para apresentar mais dois concertos: o Filipe Melo Trio (que será acompanhado por um artista internacional a anunciar) num projecto original dedicado ao certame deste ano (será dia 13, sexta, pelas 22h) e o regresso aos palcos do reconhecido músico e compositor António Pinho Vargas (num espectáculo que conta com a colaboração do saxofonista José Nogueira, dia 14, à mesma hora). Tal como tem acontecido nos anos anteriores, o festival Injazz opta assim por atravessar várias localidades e concelhos do país (uma forma de descentralizar a oferta do jazz e que desde a primeira edição em 2005 tem passado por concelhos como Aveiro, Beja, Montemor-o-Velho, Vila Nova de Famalicão, além de Alcobaça, pois claro) e integrar na sua programação, mais do que os concertos, outro tipo de actividades didácticas.
Para este ano, o festival aposta em projectos originais que desta vez contam com a abertura do convite a conceituados músicos estrangeiros para integrarem a formação de músicos portugueses (é o caso da passagem do espectáculo do Filipe Melo Trio por Alcobaça onde se espera a presença de um grande nome) e aquilo a que se pode chamar também um acontecimento: a regravação do primeiro álbum de originais de António Pinho Vargas, 25 anos depois do seu lançamento, o qual tem marcado o meio editorial português. É neste contexto que o famoso músico irá passar pelo Grande Auditório do Cine-Teatro de Alcobaça, na companhia do José Nogueira (saxofone), num duplo formato que o próprio garante preservar o renovado contacto com o instrumento, mantendo ao mesmo tempo a cumplicidade adquirida ao longo dos anos e o prazer de criar e recriar música em conjunto.All That Jazz: ciclo de cinema aborda a relação entre a Sétima Arte e o JazzAntes da passagem do festival itinerante Injazz por Alcobaça, o Cine-Teatro de Alcobaça recupera ainda algumas das obras que melhor exprimiram a relação entre ambas as artes: será nos dias 8 e 9 de Março, com três obras que de uma forma ou de outra reflectem o peso e a influência do Jazz na Sétima Arte. É conhecida como esta relação é antiga e como a própria ascensão do sonoro no cinema (foi em 1927 que “The Jazz Singer” se tornava no primeiro filme a trazer o som para as salas) nasceu desde bem cedo sob o signo do Jazz. Também sob essa influência, teremos então três obras que integram em si a forte tradição do Jazz em conjunto com as imagens: “Kansas City” (1996) de Robert Altman é o primeiro título a abrir as hostilidades (dia 8, pelas 17h), numa história onde o cineasta americano regressa à sua cidade natal para retratar o frenético mundo do jazz dos anos 1930 (pelo meio há um enredo marcado por crime e amor que soa a homenagem ao género e à época). No mesmo dia (pelas 21h 30), chega a vez de recuperar uma das mais invulgares histórias de amor entre um alcoólico e uma prostituta na cidade de Las Vegas, aqui interpretados por Elisabeth Shue e Nicolas Cage (cujo papel lhe valeu o Óscar de Melhor Actor pela Academia de Hollywood). “Morrer em Las Vegas” (1995) oferece-nos um carismático par de personagens embalado por uma banda sonora composta de famosos standards do jazz e originais do próprio realizador Mike Figgis (para que conste, as vozes contaram com a participação de Sting e Don Henly). Para terminar, temos “A Sede do Mal” (1958), dia 9, pelas 21h 30, um dos mais citados e celebrados filmes de Orson Welles (a sua obra “Citizen Kane – O Mundo a seus Pés” é normalmente colocado na posição cimeira das listas de melhores filmes de todos os tempos) que aborda a corrupção na fronteira entre o México e os Estados Unidos, contendo aquela que é considerada por muitos a melhor banda sonora de Henry Mancini (autor de temas tão famosos como a melodia da Pantera Cor-de-Rosa ou “Moon River”, e que neste caso compôs uma trilha sonora povoada de jazz, blues e ritmos afro-cubanos).
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