No período quinzenal que findou, os mercados accionistas deram continuidade ao movimento de lateralização verificado nos últimos meses, sendo que as últimas semanas ficaram marcadas por uma intensa actividade em torno de apresentações de resultados, tanto no bloco europeu como no norte-americano, sendo que neste aspecto foram diversas as empresas que reportaram resultados empresariais abaixo das projecções da comunidade de analistas. Neste campo, destacaram-se alguns players do sector financeiro e automóvel, nomeadamente a UBS e Credit Suisse, bem como a Peugeot e Renault. Contudo, refira-se que o Barclays, entre as financeiras, contrariou o sentimento negativo dominante, reportando lucros anuais de GBP 4,38 mil mn, um valor idêntico a 2007.
Assim, começa a ser cada vez mais notório o impacto da actual crise económica na economia real, ficando esta realidade bem patente na degradação do mercado de emprego nos EUA, com os últimos números conhecidos a traduzirem uma realidade pior do que aquela que o mercado antecipava. Paralelamente, nas últimas semanas algumas das empresas nos mais diversos sectores, anunciaram medidas de contenção de custos que passam por despedimentos de elevada dimensão, casos da Nissan e da Pionner, que prevêem reduzir 20 mil e 10 mil postos de trabalho respectivamente.Outra nota de destaque reside na aprovação por parte do Senado norte-americano do plano de estímulo à economia no valor de USD 838 mil mn, sendo que USD 293 mil mn destinam-se a reduções de impostos e o remanescente traduz um conjunto de medidas com o objectivo de reanimar a economia. Por último, uma referência para a divulgação do PIB na Zona Euro que, no último trimestre, registou uma contracção de 1,5% QoQ quando o mercado descontava uma redução de 1,3% QoQ. ResearchBanco BiG
0 Comentários