Paulo AlexandreO ex-director do Mosteiro, Rui Rasquilho, concorda com as propostas apresentadas pelo presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Gonçalves Sapinho, que visam, por um lado, a fruição do Monumento, património da Humanidade, e, por outro, a sua conservação.Para o ex-director do Mosteiro, o presidente da Câmara Municipal «fez bem em apresentar propostas pois o caso pode acabar mal se o Mosteiro continuar muito mais tempo devoluto».

Sobre a oportunidade das propostas apresentadas pelo social-democrata, Rui Rasquilho recorda que até «há alguns anos a UNESCO discordava da instalação de equipamentos hoteleiros no interior de monumentos classificados» mas essa posição alterou-se, o que, adianta, «abre uma oportunidade» que, associada a alterações legislativas emanadas pelo Governo português, «poderão ajudar Alcobaça a reabilitar os espaços desocupados do Mosteiro, desde extinção do Lar da Misericórdia», em 1999.O ex-diplomata espera que as restantes valências propostas pelo presidente da Câmara Municipal criem condições de sustentabilidade para a futura gestão do património cisterciense. É que, adianta, o «monumento gera anualmente meio milhão de euros de receita que vai inteiramente para o IGESPAR» ficando o Mosteiro sem fundo de maneio para a conservação regular. A verba é canalizada, pelo IGESPAR, para intervenções no Património nacional que recebe valores de acordo com o número de visitas oficiais e a receitas que gera.Gonçalves Sapinho apresentou no início deste mês de Janeiro as suas sugestões para a reocupação do Mosteiro de Alcobaça, tem em vista a dinamização do património e a sua conversação, assim como o seu envolvimento com a população em que se insere. O autarca defendeu a instalação de um Colégio Universitário de Nossa Senhora da Conceição; um hotel de charme no Mosteiro, e a transferência dos serviços da autarquia para o interior do Monumento