Antigos trabalhadores da Aljubal recorrem da sentençaOs antigos funcionários da fábrica de cerâmica Aljubal, de Aljubarrota, anunciaram que vão recorrer da decisão do Tribunal de Alcobaça que os obriga a devolver as indemnizações que receberam pelos anos de serviço naquela empresa, falida em 1999.Os vinte e um ex-funcionários da empresa de Aljubarrota foram notificados no final do mês de Dezembro pelo Tribunal de Alcobaça para devolverem as indemnizações no valor de 172 mil euros.
O processo de indemnização foi iniciado em meados de 2007, quase nove anos depois do encerramento da fábrica, quando o Tribunal Judicial de Alcobaça (TJA) avisou os trabalhadores do prazo de três dias para reclamarem os créditos a que tinham direito pela falência da empresa.A Segurança Social antecipou-se e reclamou para si o pagamento de uma dívida de 700 mil euros, tendo ganho o processo no Tribunal da Relação de Coimbra.Ao fim de vários anos de espera e depois de terem recebido apenas 60% do valor total das indemnizações a que tinham direito relativas ao número de anos de serviço na fábrica, os antigos funcionários da Aljubal são notificados a depositarem nos autos, no prazo de dez dias, a importância que receberam.Segundo Carlos Guerra, advogado da União de Sindicatos do Distrito de Leiria, que tem estado a acompanhar o processo pelos trabalhadores, «a verba entregue aos ex-trabalhadores terá sido reclamada pela Segurança Social», a quem a empresa ficou a dever cerca de 706.612 euros. O advogado admite que possa ter ocorrido um «lapso processual» na atribuição das indemnizações aos antigos funcionários da Aljubal mas anunciou que o Sindicato irá recorrer da decisão comunicada antes do final do ano passado pelo Tribunal.Entretanto, os antigos trabalhadores, que se mostram disponíveis para resolver o caso, exigem que o Tribunal de Alcobaça assuma o erro que esteve na origem de mais este problema. Revelaram-se, entretanto, infrutíferas, as tentativas dos antigos trabalhadores da Aljubal para falarem sobre este caso com a Liquidatária Judicial e o Ministério Público.O coordenador da União dos Sindicatos de Leiria, José Fernando, já classificou o caso de «episódio absurdo». PA
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