Paulo AlexandreMesmo sem garantias, a Câmara Municipal de Alcobaça vai mesmo formalizar a compra da Quinta do Vale da Cela (Alfeizerão) dentro de dias, com a cerimónia de escritura da compra da Quinta do Vale da Cela no próximo dia 9.A escritura esteve para ser feita durante o verão de 2008 mas o prazo «deslizou no tempo», conforme admitiu o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, e só agora será realizada. A informação foi adiantada pelo presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Gonçalves Sapinho.
Ainda de acordo com o autarca, o «Tribunal de Contas foi informado do atraso na celebração do contrato de compra e venda».Entretanto, o Bloco de Esquerda, partido que mais tem contestado esta aquisição, continua a manifestar publicamente muitas reservas quanto à legalidade da compra, motivo que o levou a fazer uma participação da Câmara Municipal ao Ministério Público de Alcobaça. Por outro lado, o
deputado municipal, Adelino Granja, diz que «está em causa o esbanjamento de dinheiro na aquisição de um terreno que nem sequer foi avaliado por uma entidade externa» e um gasto «exorbitante para uma obra que é responsabilidade da administração central».A Quinta do Vale da Cela, em Alfeizerão, foi adquirida pela Câmara Municipal de Alcobaça logo que tomou conhecimento da localização defendida pelo economista Daniel Bessa para o futuro Hospital Oeste-Norte, unidade que irá servir centenas de utentes de vários concelhos da Região.A reivindicação do direito a desta moderna unidade de saúde por parte Caldas da Rainha, inconformada com a escolha de Daniel Bessa, levou, entretanto, o Ministério da Saúde a solicitar um novo estudo à melhor localização para o futuro Hospital, não estando, assim, garantido que Alcobaça venha a ser a sede final da unidade hospitalar. Mesmo assim, a Câmara decidiu adquirir o terreno para o “oferecer” ao Ministério daSaúde.
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