Os credores da Raul da Bernarda rejeitaram a proposta de reestruturação apresentada pelo gestor judicial nomeado pelo Tribunal Judicial de Alcobaça. Os bens da fábrica vão ser vendidos. As receitas da massa falida, que vai ser colocada à venda, serão, depois, entregues aos credores, nomeadamente, trabalhadores, fornecedores e bancos.
A falência da RB, empresa fundada em 1875, lança no desemprego 145 pessoas e deixa dívidas de 5 milhões de euros, dos quais 2,2 aos trabalhadores. Os operários, que foram dispensados em Maio, reclamam o pagamento de seis meses de ordenados em atraso (ordenados e subsídios) e o subsídio de refeição, desde Setembro de 2007.O projecto de viabilização da empresa, proposto pelo gestor judicial, e que foi rejeitado na reunião de credores da passada segunda-feira, 17 de Novembro, propunha, nomeadamente, o perdão de 50% por cento da dívida por parte dos trabalhadores e o regresso à actividade da fábrica com apenas 60 funcionários. É o fim da mais antiga fábrica de cerâmica decorativa e utilitária de Alcobaça.
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