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Extensão doclisboa traz de volta ao Cine-Teatrode Alcobaça os melhores documentários

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Entre 21 e 24 de Novembro, com mais sessões, mais filmes e mais obras premiadasNão é apenas o único festival de cinema em Portugal exclusivamente dedicado ao documentário: o doclisboa – Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa é já um dos mais importantes acontecimentos nacionais em Portugal e o lugar onde o cinema mostra […]

Entre 21 e 24 de Novembro, com mais sessões, mais filmes e mais obras premiadasNão é apenas o único festival de cinema em Portugal exclusivamente dedicado ao documentário: o doclisboa – Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa é já um dos mais importantes acontecimentos nacionais em Portugal e o lugar onde o cinema mostra a realidade tal como ela é, mas também tal como nunca imaginássemos que ela pudesse ser (a provar como esta pode ultrapassar muitas vezes a ficção). A extensão que se realiza no Cine-Teatro de Alcobaça nos dias entre 21 e 24 de Novembro vem dar uma amostra daquilo que pudemos ver em Lisboa no passado mês de Outubro (com maior e habitual ênfase na produção nacional, embora não só): 8 filmes distribuídos por 10 sessões durante o fim-de-semana (com horários que vão da tarde à noite) e onde se encontram 6 obras premiadas na edição deste ano decorrida na capital do país.

Pelo terceiro ano consecutivo, esta Extensão aposta numa dinâmica próxima do espírito do festival: mais sessões, mais filmes, logo mais opções de escolha (no sábado e no domingo, por exemplo, existirão três sessões diárias – 15h, 18h e 21h30 – sempre com filmes diferentes). A abrir (ver programa na caixa), teremos uma das produções que maior sensação causou no doclisboa 2008: “Alone in Four Walls”, realizado pela germânica Alexandra Westmeier e vencedor do Prémio IPJ (constituído por um júri onde os elementos são alunos de universidades de Lisboa), que retrata o quotidiano de um reformatório juvenil na Rússia onde se encontram jovens condenados por vários tipos de delito grave (roubos, homicídios, entre outros) – isto quando sabemos que a delinquência juvenil é um tema que aqui ou na Rússia tem estado na ordem do dia.Igualmente na ordem do dia estão as questões do trabalho e do emprego (ou da falta dele), vicissitudes que “Nacional 206” da cineasta portuguesa Catarina Alves Costa aborda neste filme premiado com a melhor montagem: viagem ao coração de uma fábrica no Vale do Ave, junto à Estrada Nacional 206, onde acompanhamos a rotina e os relatos dos vários trabalhadores desta região. De volta ao universo juvenil, existe ainda “Queria Ser” de Sílvia Firmino, vencedor do prémio para melhor primeira obra portuguesa e um trabalho que capta o drama de uma escola primária no interior do pais em risco de fechar, interpelando dez alunos, do primeiro ao quarto ano lectivo, dentro da mesma sala.Mas nem só de coisas sérias se faz esta Extensão: “0=6 Homeostética” do reputado cineasta Bruno de Almeida (de quem vimos recentemente estreado nos cinemas “The Lovebirds”) – e que recebeu uma menção especial – oferece-nos um olhar retrospectivo para um dos movimentos artísticos e humorísticos mais irreverentes dos anos 1980 em Lisboa, constituído por nomes como Manuel João Vieira, Xana (Rádio Macau), Pedro Portugal e Fernando Brito. Já “Ruas da Amargura” devolve-nos uma realidade que todos os dias temos vindo a observar e que não tem deixado de crescer: a pobreza feita de homens e mulheres que sofrem das mais diversas carências (financeira, afectivas, problemas mentais, alcoolismo, toxicodependência, etc.).Quanto a “Gravura”, realizado pelo encenador, dramaturgo, tradutor, actor, ensaísta e também cineasta, Jorge Silva Melo, traça-nos a história de uma cooperativa de gravadores portugueses fundada em 1956 por um grupo de artistas, cujo percurso, consequências e origens nos movimentos de oposição à ditadura construíram ao longo dos tempos um episódio único de camaradagem, aprendizagem, intercâmbio e política na nossa história. A terminar, teremos os grandes vencedores na categoria de melhor documentário português em curta e longa-metragem respectivamente: “Bab Sebta” da dupla Pedro Pinho e Frederico Lobo, e “O Segredo” de Edgar Feldman.O primeiro percorre quatro cidades ao encontro dos viajantes que procuram chegar a Ceuta (“Bab Sebta” siginifica em árabe a porta de Ceuta na passagem entre Marrocos e Ceuta), local onde convergem todos aqueles que vindos de várias partes de África procuram chegar à Europa. O segundo evoca o os anos de encarceramento no Forte de Peniche de António Dias Lourenço, durante a ditadura fascista em Portugal, e a espectacular fuga que este empreendeu em 1954. Oportunidade, portanto, para ver alguns dos melhores documentários produzidos este ano em Portugal e para conhecer a realidade que nunca pensávamos existir.

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