Colóquio realizou-se no passado sábado no Centro Cultural da NazaréDoença de Parkinson, Como Enfrentá-la” foi o tema do colóquio sobre a doença, realizado pela Delegação Distrital de Leiria da Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPK) no passado sábado, dia 25 de Outubro, no Centro Cultural da Nazaré. O que é, como reagir, o que fazer e quais as ajudas existentes para lutar contra a doença, foi o que o enfermeiro Luís Amaro, do Centro de Saúde da Nazaré, e a fisioterapeuta Alice Pinho da APDPK, divulgaram neste colóquio. Se é portador da doença ou familiar de um doente de Parkinson, deve conhecer as causas, os sintomas e como combater a evolução da doença. Uma atitude positiva perante o problema é uma grande ajuda para lidar com todas as dificuldades. Procurar assistência de especialistas, não ceder ao isolamento e seguir os tratamentos adequados são as principais formas para viver com qualidade e encarar os obstáculos.
O Parkinson é uma doença crónica do sistema nervoso, de evolução lenta e progressiva, caracterizada por três fases: estado inicial, estado médio e estado avançado. Segundo os técnicos, os principais sintomas são os tremores; fadiga; dificuldade de movimentos, associados à rigidez muscular; alterações e dificuldades na marcha, identificada pelo andamento com os ombros encolhidos e inclinação para a frente, assim como pelo arrastar dos calcanhares e braços caídos. Apesar de ser uma doença crónica, não é uma causa de morte frequente. A APDPK tenta divulgar as várias formas de luta contra o avanço da doença, onde a vontade de cada um é essencial para o sucesso de todo o tipo de tratamento, assim como, a postura perante a vida, de forma a combater o isolamento e melhorar a eficácia dos tratamentos.Alice Pinho revelou todas as formas de fisioterapia existentes para complementar ou até mesmo reduzir, o tratamento com medicamentos. Com a fisioterapia, o doente de Parkinson torna-se mais independente e autónomo e consegue mais liberdade de movimentação, conquistando desta forma mais confiança. “Dar mais “vida” aos anos que o doente vai viver”, segundo a fisioterapeuta, é o objectivo deste tipo de tratamento que a associação presta aos seus utentes. Frisou que o apoio da família, além da ajudar nos tratamentos diários do doente, “é imprescindível para levantar a auto-estima e ânimo deste”, e que o pensamento positivo é fundamental na vivência diária. Não fazer aquilo que o doente pode fazer sozinho, incentivá-lo a movimentar-se e a acreditar no esforço diário para lutar contra a evolução da doença, foram algumas das dicas que a técnica deixou. Este colóquio, além de esclarecer a população sobre a doença e tudo o que a envolve, serviu também para divulgar a APDPK, como instituição capaz de ajudar os doentes e familiares e como forma para combater o isolamento que normalmente afecta estas pessoas, ao promover inúmeras actividades para dar mais sabor à vida dos doentes de Parkinson. Divulgar o conhecimento, formar familiares, fomentar o convívio e tratar os doentes, com a ajuda de vários especialistas, são os objectivos da Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson. TR
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