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“Vingança Política”

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Maioria relativa do PSD na Câmara da Nazaré reduzida a dois eleitos“Vingança política”, “atitude irresponsável”, “hipocrisia”, “ausência de diálogo” e “falta de legitimidade política para governar” foram as primeiras respostas públicas do exonerado vice-presidente Reinaldo Silva depois do presidente Jorge Barroso lhe ter retirado a confiança política e os pelouros António Paulo Um clima de […]

Maioria relativa do PSD na Câmara da Nazaré reduzida a dois eleitos“Vingança política”, “atitude irresponsável”, “hipocrisia”, “ausência de diálogo” e “falta de legitimidade política para governar” foram as primeiras respostas públicas do exonerado vice-presidente Reinaldo Silva depois do presidente Jorge Barroso lhe ter retirado a confiança política e os pelouros António Paulo Um clima de grande expectativa e rodeado de alguma tensão marcou a reunião da Câmara Municipal da Nazaré da passada segunda-feira, dois dias após a retirada da confiança política e dos pelouros por parte do presidente da autarquia, Jorge Barroso, ao seu número dois, Reinaldo Silva. Perante uma sala de sessões repleta de munícipes, Reinaldo Silva chegou à reunião em cima do tempo limite legal para esta se iniciar e marcou logo a sua posição fracturante para com a maioria relativa do PSD, ao tomar assento do lado da bancada do Grupo dos Cidadãos Independentes (GCI), lado a lado com líder desta força, António Trindade. Uma atitude justificada por Reinaldo Silva “por ter uma visão diferente e independente, justificando ser “aquele o local mais indicado para o fazer em termos de estratégia ocupacional”.

Na sua primeira intervenção na sessão, depois de Jorge Barroso ter comunicado oficialmente à vereação a retirada de confiança política e os pelouros a Reinaldo Silva, este classificou a atitude do presidente de “irresponsável para o concelho” baseada numa “vingança política” por ter “deixado de dar suporte político ao presidente da Câmara quando me demiti da Comissão Política do PSD” e também por “ter encarado a possibilidade de vir a candidatar-me à presidência da Mesa da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, que atravessa graves dificuldades”.As relações institucionais presidente e vice-presidente, particularmente no que concerne à ausência de preparação conjunta de matérias a levar a reuniões de executivo, foram igualmente abordadas por Reinaldo Silva. Uma alegada falta de concertação que se traduziu em tomadas de posição públicas de divergência manifestadas por Reinaldo Silva a propósito de uma proposta do presidente relativa ao projecto da marina de recreio da Nazaré e da passividade da autarquia perante a transferência do Serviço de Atendimento Permanente das instalações da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré para o Centro de Saúde da vila, assuntos abordados em sessões realizadas, respectivamente, a 9 de Abril e 21 de Maio. Divergências, que acordo com Reinaldo Silva levaram a que fosse acusado “falta de lealdade”, ao que este contrapõe que “ a lealdade e o respeito tem de ter dois sentidos” argumentando que “não é com um grupo de três amigos e o presidente que se resolvem os problemas políticos, e por nunca haver reuniões sobre os mesmos, os grandes projectos para a Nazaré”. “Depois de me ter sido dito pelo presidente que a manter a minha posição deveria rever o meu cargo, depois de ter apelado ao diálogo, mas mantendo que não permitiria que me fossem passados atestados de menoridade quer, fosse perante o pessoal, quer perante os munícipes, face à ausência de diálogo contactei o presidente para aclarar a situação, tendo-me dito então que ainda estava a quente”, relatou Reinaldo Silva. “Pelos vistos nunca chegou a arrefecer e a ideia da vingança persistia, incentivada na sua mente pelo seu staff, da sua secretária e das secretárias da secretária, pelo que nunca chegou a falar comigo”, salientou Reinaldo Silva.Câmara não “cai”Consumada a exoneração, Reinaldo Silva reconhece que “não é por mim que a Câmara cai” mas questiona-se sobre qual “legitimidade política tem o presidente para governar esta Câmara?” para de seguida se interrogar “se cinco elementos da oposição vão ficar cegos e surdos ao seu desgoverno?” e “será que essa coisa de vereadores, será uma invenção qualquer, facilmente substituível por técnicos e operacionais no terreno, que agora vão gerir a Câmara?”. “Já agora o presidente poderia abdicar do meio tempo da vereadora Mafalda Tavares e ficar com os pelouros todos, e resolver tudo com os tais operacionais”, chegou a ironizar Reinaldo Silva.Na resposta às duras acusações que lhe foram dirigidas, Jorge Barroso limitou-se a classificar como “muito triste” que Reinaldo Silva tivesse invocado a Confraria, pelo “respeito que a instituição merece”. Do lado dos socialistas, o vereador Vítor Esgaio respondeu ao ex-vice presidente que “o PS não quer a Câmara caia, porque quem ganhou deve governar”, alertando contudo que “o PS fará uma oposição construtiva, mas nunca subserviente”. António Trindade do Grupo de Cidadãos Independentes, sublinhou que esta força partidária “não se vai afastar das suas responsabilidades, face àquilo que foi o seu programa eleitoral, que não seja a procura do bom senso e também criar condições para o bom funcionamento democrático deste órgão, e contribuir para ultrapassar o problema causado pelo PSD”. “A contratação de novos elementos para o seu gabinete (presidente), leva-nos a estar atentos, porque a situação económica e financeira da autarquia não permite aventuras que contribuam para aumentar as dívidas. As reacções políticas à exoneração de Reinaldo Silva ficaram-se por aqui, mas ao longo da reunião, o ex-vice de Jorge Barroso foi lançando farpas à actuação do presidente da autarquia, assumindo a responsabilidade em algumas situações agora alvo de crítica, situação que justificou com a “lealdade política, apesar de muitas vezes discordar das propostas apresentadas”.

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