Divórcio laranja litigioso

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Jorge Barroso colocou um ponto final na relação política com Reinaldo SilvaJorge Barroso respondeu a Reinaldo Silva com retirada de confiança políticaO presidente da Câmara da Nazaré exonerou vice-presidente e colocou um ponto final numa relação política e institucional de catorze anos António PauloJorge Barroso (PSD), presidente da Câmara Municipal da Nazaré (CMN), exonerou na […]
Divórcio laranja litigioso

Jorge Barroso colocou um ponto final na relação política com Reinaldo SilvaJorge Barroso respondeu a Reinaldo Silva com retirada de confiança políticaO presidente da Câmara da Nazaré exonerou vice-presidente e colocou um ponto final numa relação política e institucional de catorze anos António PauloJorge Barroso (PSD), presidente da Câmara Municipal da Nazaré (CMN), exonerou na passada sexta-feira o seu vice-presidente (PSD) Reinaldo Silva, por incompatibilidade política, retirando-lhe a confiança políticae os pelouros do Desporto, Acção Social e Pessoal, que passaram a ser assumidos desde a passada segunda-feira por Barroso e pela vereadora Mafalda Tavares, esta em funções autárquicas a meio tempo.Em conferência de imprensa, Jorge Barroso justificou a decisão com divergências de natureza política, alegando que “a situação que sem tem verificado não é mais sustentável pelo que, ouvidos os diversos níveis dos órgãos do PSD, pelo qual fui eleito, decidi assumir esta ruptura”. Garantindo que contou com o apoio da Comissão Política Concelhia do PSD e da Comissão Política Distrital liderada por Fernando Marques. Jorge Barroso considerou que “não há razões para a realização de eleições intercalares” e sustentou que mantém “legitimidade política para continuar a liderar a gestão do município.

De acordo com Jorge Barroso, os serviços serão “reorganizados” no sentido de uma “melhor racionalização e rentabilização de recursos”, estando a ser estudada a hipótese da nomeação de um chefe de gabinete e de adjunto “para a melhor solução para o concelho e munícipes”. “Temos, portanto, muito trabalho pela frente, muitos e grandes projectos a implementar. Em colaboração com a oposição, que tem vindo a demonstrar uma atitude responsável ao longo deste mandato procurando cumprir o que prometeu, o concelho da Nazaré vai vencer o futuro”, salientou. A saída do vice-presidente da autarquia torna ainda mais frágil a maioria relativa do PSD, que a partir de agora passa a apenas a contar com dois eleitos, contra cinco da oposição, composta por dois autarcas do Grupo de Cidadãos Independentes e dois do PS, aos quais se junta agora Reinaldo Silva, que assume o estatuto de vereador independente.Jorge Barroso descreveu no encontro com os jornalistas alguns dos episódios mais recentes de uma relação que nos bastidores dos Paços do Concelho se sabia que nada tinha de pacífica, e que assumiu uma dimensão pública no decurso das duas últimas reuniões do executivo, aquando da discussão de uma proposta sobre o projecto da marina de recreio e da transferência do Serviço de Atendimento Permanente das instalações da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré para o Centro de Saúde da vila. De acordo com Jorge Barroso, Reinaldo Silva terá usado “de forma errada informações que obteve de forma privilegiada”, numa atitude que de acordo com Barroso poderá “ter prejudicado o município, nomeadamente no que diz respeito às incertezas que o concelho enfrenta no sector da saúde, com o possível encerramento do SAP”.“Aguardei pela demissão”“Aguardei um retrocesso de posição, o que não aconteceu, ou a assumpção, na totalidade, das consequências das declarações e atitudes públicas assumidas, o que passaria, no mínimo, pelo óbvio pedido de demissão da vice-presidência, dos pelouros e do regime de tempo inteiro”, afirmou Jorge Barroso, rejeitando as acusações de Reinaldo Silva de que muitas das questões e projectos não eram analisados em conjunto. Assumindo a ruptura, Jorge Barroso afirmou sentir-se triste do “ponto de vista humano” pelos acontecimentos registados com Reinaldo Silva, sublinhando que “não sou dos que, em qualquer circunstância, acha que há santos de um lado e pecadores do outro. No entanto, a evidência dos factos apontava claramente para este desfecho, sob pena de nunca mais ser entendida a minha actuação”, lamentou-se o autarca.Garantindo que este diferendo institucional não vai prejudicar os projectos determinantes que estão neste momento a ser desenvolvidos pela autarquia, Jorge Barroso afirmou que “aquilo que a população espera dos políticos não é perda de tempo em discussões que não sejam as que conduzem às melhores soluções para o desenvolvimento e melhoria de qualidade de vida do concelho”. O presidente da CMN admitiu ter sido equacionada a hipótese de convocar eleições intercalares, uma possibilidade afastada por se entender que neste momento, um intervalo só poderá prejudicar o desenvolvimento do concelho, constituindo um entrave à “janela de oportunidades” que representa o Quadro de Referência Estratégico Nacional. Perante a decisão de Jorge Barroso, o ex-vice presidente Reinaldo Silva optou por manter o silêncio até à reunião da passada segunda-feira (ver última página), onde pela primeira vez respondeu publicamente à exoneração e à retirada de confiança política de que foi alvo.

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