Editorial 122Fica a equipa que produz o Região da Nazaré muito contente com o facto de os senhores políticos lerem tão atentamente o nosso jornal.Congratulamo-nos com o nosso sucesso, no entanto, entristece-nos que os mesmos senhores políticos só tenham conhecimento daquilo que eles próprios votam através da nossa humilde publicação.
Não transmitiu o nosso jornal nada que os ditos senhores não tenham votado por unanimidade. Se os membros que compõem o executivo camarário têm acesso aos documentos, plantas, esquiços e pareceres que acompanham a Ordem de Trabalhos de cada reunião de Câmara, e ainda a recebem com alguma antecedência, não terão os ditos senhores, a curiosidade suficiente para “ler com olhos de ver” os dados que dizem respeito a cada ponto? Ou por que não perguntam se não sabem? Aqueles que têm de informar devem perguntar!É preocupante. Se a intenção era, de alguma forma, questionar os métodos de recolha da informação, talvez fosse importante preocuparem-se com a imagem que dão de si àqueles que os elegeram, pois votar sem se saber o que se vota, não dá margem de confiança aos outros…Afinal, é caso para dizer que, para além do “show of” para a comunicação social, em que se movem batalhas e se promovem escaramuças, os senhores que têm a seu cargo os destinos das populações “votam de cruz”, sem saberem, com total certeza, o que estão a votar.Ainda bem que na praça da Conservatória não está prevista a construção de nenhum “mamarracho” com 20 pisos, pois os mesmos senhores teriam votado “às cegas”, sem saber o que faziam…O Região da Nazaré existe para informar e ainda que tenhamos como certo que “é impossível agradar a Gregos e Troianos”, cá estaremos para informar o que vai acontecendo nos concelhos da Nazaré e de Alcobaça. Existimos para levar a notícia junto de todos aqueles que querem estar informados, até mesmo aqueles que deveriam estar melhor informados que os outros…A surpresa do senhor político que descobriu no nosso jornal o detalhe do que ele votou, sem perguntar, é semelhante à história do Rei que ia nu e não sabia. Todos viam, mas ninguém dizia nada. Só a inocência de uma criança que gritou a plenos pulmões “o Rei vai nu!” permitiu a sua Majestade descobrir a figura que estava a fazer perante o seu povo.Como o Região da Nazaré é um menino de 4 anos e meio, a equipa que faz este jornal tem a inocência suficiente para dizer aos senhores políticos que podem sempre contar com o nosso serviço informativo, nem que seja para descobrir o que eles próprios votaram em reunião pública, à frente dos munícipes que quiseram assistir.
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