As chamas lavraram uma zona de vale preenchida de pinheiros, eucaliptos e mato indiferenciado, na zona do Casal das Arroteias, em São Domingos.Carlos BarrosoNo primeiro grande incêndio de Alcobaça, estiveram envolvidos 62 soldados da paz que debelaram as chamas em cerca de duas horas, mas estiveram de efectuar um rescaldo minucioso e uma prevenção por mais de 16 horas.No incêndio em São Domingos, do dia 19, estiveram no local cinco corpos de bombeiros das corporações de Caldas da Rainha, São Martinho do Porto, Óbidos, Alcobaça e Benedita com 17 viaturas que foram alertados pelas 15h30.
Estes homens deram como circunscrito o fogo pelas 17h30, embora as chamas lavrassem numa zona de vale preenchida de pinheiros, eucaliptos e mato indiferenciado, na zona do Casal das Arroteias, em São Domingos, na fronteira dos concelhos de Caldas da Rainha e Alcobaça.Pelas características onde lavrava o incêndio foi chamado o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR que ajudou às operações de rescaldo.“Fui acordado pelo meu filho que estava a descarregar batatas” contou o pai de Armando Santos, que confessou não se ter lembrado em chamar os bombeiros, virando-se apenas para a limpeza dos caminhos para combater as chamas.“Vi o fumo e só me lembrei em agarrar no tractor e abrir caminhos para os bombeiros entrarem para dentro do pinhal para combaterem o fogo”, contou.Armando Santos referiu ainda que apesar dos terrenos não serem da sua propriedade só quis abrir acessos porque “vi os caminhos cheios de mato e sem este trabalho os bombeiros não teriam entrado e chegado tão perto das chamas”, enaltece.Aproveitando esta falta de limpeza dos terrenos perto da sua propriedade, o morador afirmou também que “a casa está em tunfan porque fui eu que a fiz assim. Sou eu que limpo a estrada embora eu veja e tenha pedido o corta caniços da Câmara. Já lhe disse que pode haver a necessidade de entrar aqui uma ambulância, mas os funcionários da Câmara e da Junta dizem-me que só tem ordens para limpar na estrada de alcatrão”, lamenta.Quem também não apanhou um susto no meio deste fogo e aparato, foram Irene Rosa Pereira e Isaura Estêvão, duas moradoras do Casal das Arroteias que mostraram a sua preocupação para a noite e os dias seguintes. “O fogo deu-se no vale e pode haver reacendimentos durante a noite”, afirmaram. Cientes desta preocupação, os responsáveis das corporações de bombeiros presentes montaram um piquete de vigilância para toda a noite e madrugada.
0 Comentários