Joaquim Piló considerou paralisação uma vitória para os pescadoresA greve nacional dos pescadores terminou à meia-noite do dia cinco. Foram seis dias em que pescadores de todo o país lutaram, não só pela redução do preço dos combustíveis, mas também por melhores condições salariais e de trabalho. Na Nazaré a luta também se fez sentir com a adesão total dos pescadores.O presidente do Sindicato dos Pescadores, Joaquim Piló, defende que “esta greve foi uma vitória, porque conseguiu-se que o Governo ouvisse os pescadores e negociasse com os sindicatos”. No entanto, Joaquim Piló ressalva que “os armadores têm de ser mais honestos, justos e transparentes nas contas”, e como isso não tem acontecido, os tripulantes são os mais prejudicados.
O presidente do sindicato salienta ainda que, “apesar da união, há algumas diferenças entre os vários sectores, que têm também de ser esclarecidas”. Realça que a pequena pesca não consegue suportar os custos actuais dos combustíveis e acrescenta também que “há direitos e deveres entre pescadores e armadores que têm de ser cumpridos, de forma a haver uma relação de trabalho equilibrada”, defendendo que esta é também uma oportunidade para se fazer cumprir a lei. Joaquim Piló referiu que a greve na Nazaré foi bastante significativa, à semelhança da maioria dos portos do país.O sindicato vai aguardar até ao dia um de Julho para saber se o Governo vai ou não cumprir com o prometido antes avançarem com a luta. Os compromissos do Governo prendem-se com a isenção total da taxa social única por três meses a partir de Julho; instituição de uma linha de crédito de 40 milhões de euros a pagar em cinco anos com um ano de carência; reconfiguração do PROMAR com reforço dos meios, redução da taxa de vendagem de 4% para 2% para os barcos a gasolina e ainda, a constituição de um grupo de trabalho para acompanhar no futuro os problemas do sector. TR
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