Crianças experimentam tourear

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Tânia RochaO Dia Mundial da Criança, dia um de Junho, teve como celebração, entre outras actividades, a realização de uma tenta que consiste numa corrida de novilhos. Nesta corrida entraram quatro novilhos de oito a 24 meses, que foram desafiados por toureiros adolescentes, da Escola de Toureiros José Falcão. Segundo o presidente da Câmara Municipal […]
Crianças experimentam tourear

Tânia RochaO Dia Mundial da Criança, dia um de Junho, teve como celebração, entre outras actividades, a realização de uma tenta que consiste numa corrida de novilhos. Nesta corrida entraram quatro novilhos de oito a 24 meses, que foram desafiados por toureiros adolescentes, da Escola de Toureiros José Falcão. Segundo o presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Jorge Barroso, o objectivo desta acção foi “divulgar o que é a Festa Brava, para um melhor conhecimento do conceito”, apesar de esta iniciativa ter sido uma breve e incompleta aproximação ao fenómeno.

Este evento despoletou reacções de satisfação e descontentamento nas crianças. Márcio Oliveira gostou de ver o desafio e acho-o “muito divertido”. Declarou que esta acção foi um incentivo para assistir a mais touradas. Mariana Zabumba, com dois anos de idade, também gostou de assistir à corrida. Contudo, Daniel Soares e Cristiana Sofia não são da mesma opinião e mostraram-se totalmente contra esta iniciativa e contra a existência de touradas. Daniel Soares, confessou não ter gostado, “porque sentiu que estes animais sofreram” e confessou que gostaria muito mais de ter ido “brincar na praia ou passear a um parque”. Para Cristiana Sofia, o que aconteceu foi “uma humilhação de animais com pouco tempo de vida, ainda pouco firmes das pernas”. Esta espectadora da tenta revela que “o que foi demonstrado não é o que acontece na realidade nas touradas”, e por isso, sente que as crianças foram enganadas. Manuel Tavares da Silva, proprietário da empresa Manuel T. Silva – Ondas de Bravuras, pretendeu com esta acção “divulgar a festa na sua vertente cultural”, mas confessa que faltaram alguns pormenores, como por exemplo, “picar as novilhas”. Defende que “a raça brava só existe, porque as touradas existem”. Explica que estes animais são criados em liberdade durante os seus quatro anos de vida, e só depois desse período, são desafiados nas arenas. A tenta durou cerca de duas horas e antes do final da acção, as crianças tiveram oportunidade de experimentar a tourear o novilho. Esta iniciativa realizou-se na Praça de Touros da Nazaré e, apesar de ter sido um evento para criança, a maioria dos espectadores foram adultos. A acção teve a colaboração da Câmara Municipal da Nazaré e foi organizada pela empresa Manuel T. Silva – Ondas de Bravura, que explora actualmente a praça de Touros.

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