Ministro Mário Lino à saída da reuniãoPlano de Ordenamento do Território do Oeste e vale do TejoCarlos BarrosoO ministro das Obras Públicas garantiu aos autarcas do Oeste o empenhamento do Governo no Plano de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo, estimando que esteja concluído “antes do Verão”, em declarações à Lusa. Mário Lino definiu o plano como um documento de “muita complexidade” por envolver “vários ministérios e também a administração local”, escusando-se porém a enumerar quaisquer projectos que o integrem, admitindo apenas tratar-se de um documento que abrange várias áreas, nomeadamente educação, saúde, cultura e infra-estruturas.

“Não temos uma data fixada para a conclusão do plano, que integra dez municípios do Oeste mais quatro da Lezíria, mas acho que temos que acabar isto antes do Verão”, disse o ministro, no final de uma reunião com os autarcas da Associação de Municípios do Oeste à agencia Lusa. Garantiu ainda que o plano – destinado a compensar a região Oeste pela escolha da opção Alcochete para o futuro aeroporto em detrimento da Ota (Alenquer) – terá outros financiamentos comunitários além do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), bem como verbas do PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) e de empresas.Mário Lino negou ainda quaisquer atrasos na evolução das negociações com os autarcas, acrescentando que embora “as coisas estão a correr bem embora o prazo seja muito curto”.Na próxima terça-feira, dia 3 de Junho, haverá nova reunião com os autarcas do Oeste, nas Caldas da Rainha, referiu.A afirmação foi corroborada pelo porta-voz dos autarcas do Oeste, Carlos Lourenço, presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, que também se escusou a referir que compensações irão estão previstas, no imediato, para a região Oeste.Apesar do silêncio sobre os projectos concretos, o REGIÃO já publicou todas as obras inscritas nesse pacote de reivindicações, sabendo que de todas as obras a construção do IC 11, da requalificação da Linha do Oeste, são obras que os oestinos não prescindem.Recorde-se que antes desta reunião e Lisboa, estava marcada uma em Caldas da Rainha e que o ministro falhou, o que levou alguns autarcas a levantarem a voz de descontentamento e a lançarem a ideia de um ultimado ao Governo, pedido por isso o seu anonimato.Um desses autarcas referiu ao REGIÃO que “não há qualquer garantia em relação às compensações prometidas pelo primeiro-ministro região” e o processo “está longe de estar concluído”.Com os dias a passar e sem garantias na mão, os autarcas entraram num medir de forças com o Governo e reclamam que “tem havido negociações, mas não está nada fechado”. Esta condição por seu lado foi confirmada pela administradora-geral da AMO, Ana Paula Neves que afirmou ao Jornal de Notícias “não haver nenhum documento assinado, nem existe até este momento qualquer compromisso por parte do Governo”.Um autarca laranja já considerou que “se era para remeterem projectos para o QREN, não precisávamos do Governo para nada”.