Incêndio em habitação de S. Martinho do Portomata homem de 57 anos

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Paulo AlexandreUm sem-abrigo de 57 anos morreu carbonizado num incêndio urbano que destruiu o número 58 da Rua Conde de Avelar, em São Martinho do Porto. A proprietária escapou por horas à tragédia pois tinha sido internada de forma compulsiva, e na véspera, numa unidade de psiquiatria de Coimbra. O alerta para o incêndio foi […]
Incêndio em habitação de S. Martinho do Porto<br>mata homem de 57 anos

Paulo AlexandreUm sem-abrigo de 57 anos morreu carbonizado num incêndio urbano que destruiu o número 58 da Rua Conde de Avelar, em São Martinho do Porto. A proprietária escapou por horas à tragédia pois tinha sido internada de forma compulsiva, e na véspera, numa unidade de psiquiatria de Coimbra. O alerta para o incêndio foi dado por volta das 03h45, de quarta-feira, 14 de Maio, pela GNR mas quando os Bombeiros chegaram ao local já a cobertura da habitação tinha desabado e a casa estava totalmente tomada pelas chamas, disse João Caçoila, segundo Comandante dos Bombeiros Voluntários, que adiantou que a casa se encontrava cheia de entulho, levado pela proprietária, Ivone Bernardo, de 42 anos, que sofre de problemas psiquiátricos.

A detecção do cadáver de um homem, totalmente carbonizado, só aconteceu quando os Bombeiros procediam à fase do rescaldo do fogo. O homem foi encontrado na cave da habitação, encolhido junto de uma das paredes, num sinal de que estaria a tentar proteger-se do fogo.No espaço de dez anos, foi a terceira vez que os Bombeiros de S.Martinho do Porto acorreram àquela habitação por causa de focos de incêndio. A proprietária encontra-se internada no Hospital Psiquiátrico Sobral Cid, em Coimbra, e de acordo com as informações prestadas à GNR desconhecia que alguém estivesse alojado em sua casa.

Contudo, vizinhas de Ivone Bernardo adiantaram que o homem manteria uma relação muito próxima com a dona da casa. Ainda de acordo com a vizinhança, o homem, que morava numa barraca debaixo da ponte desde que perdeu a mulher e um filho deficiente num acidente de viação, teria sido visto durante o dia da tragédia a beber e a oferecer cafés a toda a gente por, alegadamente, fazer anos.As divisões da habitação estavam cheias de lixo (maioritariamente plástico, com centenas de garrafas e garrafões de plástico) que a proprietária recolhia nos caixotes do lixo da vila, empilhado até ao tecto o que, de acordo com os Bombeiros, esteve na origem na rápida propagação do incêndio.Irene Bernardo, de 42 anos, sofre de problemas psiquiátricos e era apoiada pela Fundação Manuel Clérigo de onde recebia refeições e apoio médico. O internamento no Hospital de Coimbra, mais um em vários anos, foi proposto pela equipa da Fundação que a acompanhava. A mulher tem seis filhos, alguns já adultos, que lhe foram retirados à nascença e colocados sob a protecção de instituições.As causas do incêndio estão por apurar mas a rápida propagação das chamas é explicada pelo volume de lixo acumulado dentro da habitação.As investigações ao fogo e à morte do homem de 57 anos ficaram a cargo da Polícia Judiciária.

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