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Cine-Teatro de Alcobaça vai mostrar que modernos eram os clássicos

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Ciclos de cinema clássico durante o ano inteiroDavid Mariano Não é voltar atrás no tempo, não é voltar atrás na história. É voltar atrás na memória (do cinema, pois claro), para dar um passo em frente (na forma de olhar o mundo: é isso o cinema). Como? Através de um ciclo de reposições chamado “Modernos […]
Cine-Teatro de Alcobaça vai mostrar que modernos eram os clássicos

Ciclos de cinema clássico durante o ano inteiroDavid Mariano Não é voltar atrás no tempo, não é voltar atrás na história. É voltar atrás na memória (do cinema, pois claro), para dar um passo em frente (na forma de olhar o mundo: é isso o cinema). Como? Através de um ciclo de reposições chamado “Modernos são os Clássicos” que irá decorrer no Grande Auditório do Cine-Teatro de Alcobaça durante o ano inteiro de 2008 e garantirá uma sessão mensal dedicada a alguns dos maiores clássicos da história do cinema. A abrir, temos o “clássico dos clássicos”: Charles Chaplin – que também era moderno (e não mudou nada com o tempo). Quatro filmes nos primeiros quatro meses do ano vão prová-lo (mesmo que os três primeiros títulos sejam mudos) e tudo a começar por essa obra-prima intitulada “Tempos Modernos” (sátira mordaz aos afamados “choques tecnológicos”), a exibir já no próximo dia 22 de Janeiro, pelas 14h 30 e 21 h 30.

O programa continuará depois com “A Quimera do Ouro” (em Fevereiro, a 26), “Opinião Pública” (em Março, a 25) e “O Grande Ditador” (em Abril, a 15). Isto para demonstrar que há filmes aqui que continuam a manter a sua intemporalidade intacta e mais longe estão ainda de qualquer visão rudimentar do cinema (algo a que só podemos chamar de preconceito). E a pergunta coloca-se: quantos de nós vimos Chaplin em cinema? Quantos de nós tivemos a hipótese de ver as suas obras em película de 35 mm? É também uma das palavras de ordem deste “Modernos são os Clássicos”: descentralizar as reposições dos grandes filmes clássicos e dar a oportunidade ao público fora dos principais centros urbanos (que são apenas dois: Lisboa e Porto) admirarem grandes objectos do passado em sala e no formato original. Tentando contrariar uma ideia de modernidade “pré-concebida” e meramente “presencial” do cinema (ou seja, restringida a um “presente contínuo”), centrada nos códigos de produção actual (leia-se “blockbusters”), “Modernos são os Clássicos” empenha-se em evocar títulos de alguns dos mais importantes nomes da Sétima Arte (mostrando por “a mais b” que o verdadeiro cinema moderno não é de hoje), tais como Jacques Tati (que se seguirá a Chaplin entre Maio e Julho), Federico Fellini (Setembro e Outubro) ou Alfred Hitchcock (Novembro e Dezembro, a terminar o ano em “suspense”). Cada sessão mensal (o programa está agendado sempre a uma terça-feira) terá a presença de um crítico de cinema para debate com o público no final da sessão, de modo a estimular o debate e a reflexão em redor do determinante contributo cultural destes incontornáveis cineastas e revelar a diversidade do seu legado. Propósito: devolver ao nosso tempo – um “tempo” cada vez mais contaminado pela efemeridade do discurso televisivo e mediático – uma forte consciência histórica dos vastos progressos e conquistas estéticas no domínio da maior arte visual de sempre: o cinema. Nunca a modernidade e o classicismo andaram tão perto.

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