Empreitada será realizada pela TrevoesteDavid MarianoJá se iniciaram as obras de construção da ETAR de São Martinho do Porto destinada ao tratamento dos efluentes suinícolas no concelho. Este projecto trata-se da primeira empreitada a realizar pela Trevoeste, sociedade constituída em Outubro de 2005 pelos Ministérios do Ambiente e da Agricultura, pela Águas de Portugal, a comunidade de suinicultores e respectivas associações, aos quais se juntaram os municípios de Alcobaça, Caldas de Rainha, Óbidos, Bombarral e Lourinhã.
A Trevoeste, cujo capital social atinge os 1,65 milhões de euro, está sediada em Alcobaça e prevê executar um investimento superior a 35 milhões de euro na despoluição dos vários efluentes suinícolas, valor que é comparticipado em 30% pelo Estado português. Quanto à ETAR de São Martinho do Porto, prevê-se que esteja preparada para receber um volume próximo de 130 metros cúbicos por dia, representando um investimento de mais de seis milhões de euros e devendo iniciar a sua actividade no começo de 2008.Quanto ao início da obra de construção da ETAR de Tornada-Benedita, cujo terreno foi recentemente adquirido e a obra adjudicada, esse é o próximo passo aguardado com expectativa pela Câmara Municipal de Alcobaça (CMA), considerado muito importante na conclusão do processo de despoluição da Baia de São Martinho do Porto.Águas do Oeste no capital da Trevoeste As Águas do Oeste vão entrar no capital da Trevoeste, e segundo proposta avançada na última Reunião de Câmara, a CMA decidiu manter a percentagem 5,3% do capital deste empresa, o que implica que terá ainda de investir cerca de 143 mil euros (dos quais só terá pago 26 mil ainda). Para Rogério Raimundo, vereador na oposição, a posição da CDU sobre este matéria é muito clara: “Rejeitamos a adesão à Águas do Oeste e sempre defendemos soluções por freguesia ou por grupos de freguesia.”O autarca adianta rejeitar “este transporte de centenas de quilómetros, de milhões de metros cúbicos de efluentes de suiniculturas para uma única ETAR, que depois de alguns tratamentos ainda vai para uma nova ETAR em S. Martinho e depois para o mar.” Rogério Raimundo nunca deixou de defender a solução da pequena e média ETAR, já que deste modo “se houver um problema é um problemão!”
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