Rogério RaimundoVereador PCP C.M. AlcobaçaComeço o Triangular de Hoje com as Uniões da Europa e da África. Foi uma cimeira importante pelo simples facto de estarem juntos tantos governantes. Pelos vistos conversaram sobre direitos humanos (hoje é dia Internacional), da tragédia de Darfur, das migrações e até estabeleceram umas parcerias estratégicas que somaram uma quantia (pequena para tanta necessidade dos povos) mas que terão desenvolvimento em 2008. Nestes últimos anos (de neocolonialismo sob a capa da reinante democracia neoliberal) os grandes interesses capitalistas só têm promovido a fome, a guerra, para espoliarem ao máximo as riquezas daquele continente. O petróleo, os diamantes, só por si, têm levado a guerras e a genocídios ao mesmo tempo que as bases militares dos EU/UE vão crescendo. Urge outra dinâmica para a promoção da soberania e da independência política (ouviram algo sobre a libertação do Povo Sahauri?…). A cooperação entre os povos tem que ter caminhos novos para promover o efectivo desenvolvimento, progresso e Paz.
O segundo vértice do triângulo é nacional e de proximidade das pessoas. Unir para construir mais cultura, mais desporto, mais recreio, mais social. Quero destacar a força das colectividades que não é aproveitada em muitas localidades, nos bairros, tão próximas das pessoas. O Estado continua desbaratando esta riqueza de mais de um milhão de voluntários. Não promove uma política mínima de apoio há tanto reivindicados pela Confederação Portuguesa das Colectividades. A maior parte das autarquias ainda dá alguns apoios em materiais, em subsídios e em incentivos a modalidades desportivas e de expressão cultural. Mas neste Poder Local, arrepia-me tanta diferença. Cada município tem a sua prática de apoio às colectividades e parece que estamos em países diferentes. Em Alcobaça, acabei de renovar uma velha proposta. Propus que se reservasse apenas 1% do orçamento para 2008. Basicamente defendi um desafio, um concurso de projectos de requalificação dos espaços das colectividades, para termos Jovens e Idosos mais activos. Pela minha experiência de trinta e três anos de dirigente associativo bem sei que, no terreno, na proximidade dos alcobacenses, aqueles 600.000€ valeriam, no final do ano, pelo menos, dez vezes mais, 6 Milhões de euros. O último ângulo U é de Unidade na Luta com três exemplos. O povo de Alcobaça que está ameaçado, pelo atravessamento do TGV, Lisboa/Porto manifestou-se de várias formas. Uma marcha lenta até à Assembleia Municipal no início de Outubro. Em Novembro usaram o humor (“aldeias à venda”) que é uma arma importante. Agora, em Dezembro, através da dinamização dum grupo “Amigos da Terra com Amor à Camisola” fizeram concentração junto à câmara depois duma marcha lenta de viaturas. A luta e os movimentos espontâneos, são um bom sinal, mesmo na diversidade de iniciativas, se mantiverem, alimentarem e promoverem a unidade de todos.Os trabalhadores da Função Pública conseguiram realizar uma jornada de luta de grande unidade porque este governo PSócrates não concertou não negociou e impôs. Nem com os da UGT foi capaz de dar as migalhas que promovem a divisão e a perda da unidade na luta…O PCP, unido, realizou uma conferência para explicitar e aperfeiçoar como a sua Democracia Avançada devia ser posta em prática para a Economia servir os Portugueses. A nossa “democracia” permite o impressionante apagamento de imagens e o silêncio, ruidoso, das televisões para tanto trabalho voluntário e para um encontro com 1250 delegados de todo o País!!! O PCP tem programa actualizado. Agora, com os seus meios, vai divulgar como resolve os problemas da política económica, para unir os portugueses, no construir duma sociedade mais justa, mais culta, mais educada, mais produtiva, mais feliz.
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