Data de abertura ficou em abertoA Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) deixou cair a hipótese de inaugurar a Extensão de Saúde de Alfeizerão ainda este ano – e em causa está o pagamento de uma avultada verba que a Administração Regional de Saúde (ARS) deve a Alcobaça há cerca de 8 anos. A transferência da pasta da saúde do concelho para a tutela da ARS de Lisboa levou o Presidente da CMA, Gonçalves Sapinho, a defender o adiamento da cerimónia de inauguração. Em declarações a uma rádio local, o líder da autarquia admitiu a existência de pressões a partir da Universidade de Coimbra, autora do projecto arquitectónico, e das respectivas entidades locais, referindo ironicamente que prefere esperar de momento e “adoptar uma estratégia de acordo com aquilo que a orquestra está a tocar”.
Prontas há vários meses, as novas instalações da Extensão de Saúde de Alfeizerão estiveram perto de ser inauguradas no passado mês de Outubro. Segundo a Presidente da Junta de Freguesia desta localidade, Natividade Marques, a abertura do espaço começa a fazer falta já que as instalações actuais não apresentam as condições mínimas de trabalho junto da equipa de médicos e dos doentes. A autarca não esconde, aliás, a sua frustração e o sentimento de que gostaria de concretizar a inauguração até ao final do corrente ano.Tudo se prende a um problema de contas: o Ministério da Saúde deve cerca de 150 mil euros ao Município alcobacense por esta ter assumido os custos de construção da Extensão de Saúde de Alfeizerão quando a ARS deixara de ter a capacidade financeira de o fazer. Depois de ter sido decidida a transferência da área de saúde do concelho para a tutela de Lisboa, Gonçalves Sapinho quer ver esclarecida a verdadeira responsabilidade sobre a dívida antes de concluída a obra.DM
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