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“Quem não está bem sai!”

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João Benavente assinou a renúncia do mandatoApós renunciar ao mandato, João Benavente afirmaApós dois anos como vereador da oposição na Câmara Municipal da Nazaré, João Benavente renunciou ao mandato por sentir que não podia continuar a trabalhar no desenvolvimento do concelho da Nazaré. “É com muita mágoa, com muito custo que renuncio ao mandato. Peço […]
“Quem não está bem sai!”

João Benavente assinou a renúncia do mandatoApós renunciar ao mandato, João Benavente afirmaApós dois anos como vereador da oposição na Câmara Municipal da Nazaré, João Benavente renunciou ao mandato por sentir que não podia continuar a trabalhar no desenvolvimento do concelho da Nazaré. “É com muita mágoa, com muito custo que renuncio ao mandato. Peço desculpas às pessoas que acreditaram em mim”…João Francisco Gomes Benavente, 61 Anos, natural de AzambujaMilitante do PS nº 10264 Percurso político: Junta de Freguesia da Azambuja (1974- 1976); Vereador do PS (oposição) 1982-1985; Presidente da Câmara da Azambuja 1986 – 1999; Deputado da Assembleia da República 1999 – 2002; Vereador da oposição 2005- 2007

Entrevista de Clara BernardinoRN: O que motivou a renúncia ao mandato?JB: Sentir que não podia continuar um trabalho que honrasse os compromissos que assumi durante a campanha eleitoral, que era trabalhar no desenvolvimento social e económico do concelho da Nazaré. Não há condições para isso, porque as pessoas não compreendem ou não querem compreender! Nós, socialistas, temos um compromisso que assumimos e as pessoas, às vezes, confundem princípios com interesses. Por isso, optei. Tenho 33 anos no poder local. Aprendi com muita gente. Tive bons professores e, como sempre fui um aluno razoável, aprendi alguma coisa! E se aprendi alguma coisa, aprendi algo que é básico e fundamental: devemos defender princípios, não interesses. O que me trouxe para a Nazaré, quer ganhasse, quer perdesse, mantinha-se: era o projecto do partido socialista. Quer no poder, quer na oposição, trabalho sempre da mesma maneira. Foi isso que me ensinaram, foi isso que aprendi e tento pôr em prática. Se não consigo é porque não consigo chegar lá; não é por não querer ou não quererem. Isso não acontece comigo! Neste momento, a Nazaré tem muitos projectos em cima da mesa, que já estão a começar a ser desenvolvidos e que são decisivos para o seu futuro. Quando o Presidente me convidou para eu trabalhar neles, eu aceitei de bom grado. Eu comuniquei ao Presidente da Concelhia que compreendeu, mas houve quem não compreendesse.RN: Como se sente agora que já assinou a renúncia?JB: É com muita mágoa, com muito custo que renuncio ao mandato. Peço desculpas humildes às pessoas que acreditaram em mim e neste projecto, que me acompanharam, aos eleitores por não poder levar o meu compromisso até ao fim. A “coisa pública”, como diziam os republicanos, é a coisa mais nobre pela qual podemos trabalhar e, eu não sei trabalhar de outra maneira.Há pessoas que confundem o trabalho no desenvolvimento sócio-económico com a subserviência a quem está no poder. Eu senti-me muito honrado quando o Presidente Jorge Barroso disse que ia convidar um elemento do Grupo de Cidadãos Independentes e outro do Partido socialista para acompanhar os grandes projectos: a marina, o campo de golfe, os futuros Paços do Concelho, o futuro Centro de Transportes, o Tribunal, vários projectos, os planos de ordenamento de que já se fala há mais de 20 anos e que, agora, irão para a frente. O PS não pode ficar arredado desses projectos. O PS tem que se empenhar, tem que compreender.RN: Se cumprisse o seu mandato até ao fim e acompanhasse os ditos “grandes projectos”, o PS recolheria dividendos…?JB: Claro que sim! Eu nunca escondi essa intenção! No início do mandato, o Presidente Jorge Barroso convidou os Vereadores do PS a assumir pelouros e eu fiquei contente com essa manifestação de confiança e eu disse logo, nessa altura, se a Comissão política concelhia assim o entender, trabalharei com lealdade, franqueza e solidariedade, mas com vista à reconquista da Câmara por parte do PS. A Comissão Política entendeu que não devíamos assumir pelouros e eu respeitei.Os meus princípios dizem-me que quem não está bem, sai! Quem está tem de assumir as responsabilidades que o partido lhe confere. Foi o que eu fiz. Espero que as pessoas entendam esta minha posição. Espero que quem me substitua possa dar um contributo melhor que aquele que eu dei. Espero que as pessoas que dirigem o partido a nível local percebam esta minha atitude e que trabalhem no sentido de encontrar a estratégia política correcta para a Nazaré e que contribuam para estes projectos que estão em cima da mesa, de forma séria. Eu tenho a certeza de que são capazes disso: de pôr os interesses da Nazaré à frente dos interesses político-partidários, nunca perdendo de vista os objectivos do partido e arranjando um candidato e uma equipa que possam reconquistar a Câmara da Nazaré, mas sempre numa atitude construtiva.RN: Vai continuar a acompanhar a “cena política” nazarena?JB: Eu como militante não estou inscrito na secção do PS da Nazaré. Mas, moro cá. Gosto de mais desta terra e desta gente para não fazer por elas o que for preciso. RN: Pensa recandidatar-se à Câmara da Azambuja?JB: É uma situação muito prematura. O Presidente que lá está teve o meu apoio, está no 2.º mandato. Em Março haverá eleições na concelhia, na Azambuja. Nesta coisa da política, aprendi que nunca se pode dizer nunca. Peço desculpa por não levar ao fim o meu mandato se errei numa ou outra sessão de Câmara ou fora delas foi por boa fé. Sempre pus a Nazaré à frente dos meus interesses pessoais. Aliás, é um dos princípios do partido socialista: o país, o distrito, a autarquia, a freguesia estão sempre à frente do partido. É para o país que trabalhamos, aqui, á para a Nazaré que trabalhamos.Uma última palavra para os funcionários do Município que sempre me trataram com correcção e para os outros vereadores, se na discussão democrática houve alguma palavra mais agreste, gostei de trabalhar com eles e podem contar sempre com a minha amizade e solidariedade.

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