Centro de Acolhimento Temporário para Crianças e Jovens em PerigoQualquer ajuda é bem-vinda e muito valiosa para a vivência e desenvolvimento desta instituição. A Confraria de Nossa Senhora da Nazaré criou em 2003 o Centro de Acolhimento Temporário.Tânia RochaSão 15 as crianças e jovens que completam o Centro de Acolhimento Temporário da Confraria da Nossa Senhora da Nazaré. Vivem numa casa com um ambiente familiar, onde tudo acontece com um sentido de entreajuda. As crianças e jovens têm, neste momento, idades compreendidas entre os 4 meses e os 18 anos de idade e integram este centro para serem protegidas e orientadas para o futuro.
Vivem neste centro porque algo de mal aconteceu na sua família biológica, como por exemplo, maus tratos, abandono, negligência e outras situações em que a lei permite uma intervenção por parte da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo ou pela Segurança Social, que por sua vez, distribui os diversos casos pelas várias instituições, embora o Centro de Acolhimento da Confraria dê preferência às crianças do concelho da Nazaré.É a Confraria de Nossa Senhora da Nazaré que sustenta o centro, embora tenha alguma ajuda por parte do Estado e de alguns particulares, que “doam principalmente, roupa e brinquedos, que são muito necessários e sempre desejados”, como realça a técnica superior de serviço social, Maria João Teixeira, e a psicóloga, Ana Silva.Estas crianças são protegidas neste centro e é-lhes definido um projecto de vida, enquanto as suas famílias criam as condições necessárias para voltar a recebê-las. Contudo, quando isso não acontece há outros destinos possíveis, como a adopção, os lares de infância, ou a criação de condições para a sua própria autonomia na sociedade.Estas crianças entregues ao Centro de Acolhimento estão numa fase de passagem. O Centro delimitou como período máximo de permanência 6 meses, porém,” isso quase nunca acontece”, salientam as técnicas, algumas permanecem lá desde que o centro foi criado, e o futuro é ainda algo desconhecido e por desvendar. Contudo, enquanto lá estão é-lhes dada a possibilidade de viverem num ambiente o mais familiar e confortável possível. No entanto, há várias carências, tempos mais difíceis e dispendiosos, que não prescindem da ajuda de quem queira auxiliar com o pouco que tenha e que já não precise, como vestuário, brinquedos e material escolar, que são as coisas mais necessárias e urgentes, ao longo de todo o ano.Contudo, as responsáveis ainda destacam que alguns estabelecimentos comerciais, ajudam com o serviço que podem oferecer, nomeadamente, e neste caso, um cabeleireiro e um instituto óptico. É pouco para quem dá, que representa muito para quem recebe. O centro recebe de braços abertos todas as ajudas que lhes chegam, para poder tornar mais completa a vida destas crianças e jovens.
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