Dois olhares diferentes O franchising está a inundar a economia de mercado também na Nazaré. Mas o negócio próprio e individual ainda é um forte concorrente no Concelho.Tânia Rocha Ana Maria Batalha e Regina Fernandes são duas mulheres inseridas no negócio imobiliário na Nazaré. São directoras das suas agências, embora tenham optado por tipos de negócios diferentes. Ana Maria Batalha escolheu uma marca conhecida, é franchisada da RE/MAX Portugal, enquanto que Regina Fernandes optou por investir numa marca própria, a UrHouse4sale.

Regina Fernandes, de 35 anos, decidiu abrir o seu negócio em 2005. Segundo a sua representante e funcionária, Mara Patrícia Silva, a sua empregadora, Regina Batalha, resolveu apostar numa marca própria porque “queria trabalhar só para si, ter o seu próprio negócio e independência”. Mara Silva defende que “as pessoas não dão muita importância a grandes marcas”, a imobiliária tem uma boa reputação devido à satisfação das pessoas, que vai passado de boca em boca, e isso “é a melhor publicidade que pode haver”. Regina Batalha já tinha trabalhado durante alguns anos como funcionária de uma imobiliária. Segundo a sua representante, “a principal desvantagem de uma marca própria são os impostos que são mais elevados”. A imobiliária de Regina Batalha, UrHouse4sale, além da proprietária, trabalha mais uma pessoa, Mara Silva, que defende que, este aspecto é também uma vantagem, porque o trabalho é feito de uma forma mais familiar e equilibrada, não havendo “muita competitividade entre empregados da mesma empresa, porque o que interessa é pensar como equipa e não em ganhos individuais”, ainda acrescenta que o trabalho em dupla que realizam é “mais satisfatório para o cliente”.Assim como Regina Fernandes, Ana Maria Batalha já tinha alguma experiência no sector imobiliário como funcionária. Resolveu abrir um negócio próprio na Nazaré há cerca de quatro meses. Lutou para conseguir ser uma franchisada da RE/MAX, porque na sua opinião, ser franchisada “só traz vantagens “, salientado que “esta marca tem um enorme poder no mercado nacional e internacional”. No entanto, realça que este não é um processo fácil, pois existem algumas exigências a nível de habilitações literárias, características profissionais e algum poder económico, de modo a que o franchisado possa suportar as despesas da marca e suas exigências. Ana Maria Batalha decidiu abrir na Nazaré, porque acha que “a Nazaré merece uma RE/MAX”. Assinala que a “transparência, honestidade e correcção” são as armas principais no seu negócio. Na sua opinião, “ser um franchisado RE/MAX só traz vantagens”, porque é um “trabalho em equipa a nível nacional, uma exigência constante, uma responsabilidade maior em trabalhar com uma grande marca, que tem uma inspecção e avaliação constantes”. O franchisado e o franchisador estão sempre em constante comunicação. Salienta que ao trabalhar com uma marca a nível nacional, pode “satisfazer mais facilmente os desejos dos clientes, em qualquer ponto do país”. A directora afirma que os seus potenciais clientes, maioritariamente estrangeiros e pessoas não residentes na Nazaré, “preferem comprar com uma marca conhecida e bem implantada no mercado, uma marca que está sempre disponível para o cliente”.Ser franchisado tem obrigações económicas variáveis e fixas, ou seja, todo o franchisado paga mensalmente um montante fixo e também um valor por cada venda que realiza.Ana Maria Batalha tem como perspectiva expandir o seu negócio para outros pontos do país. Neste momento está a fazer alguns protocolos como o Centro de Emprego e Formação Profissional para haver mais empregabilidade na Nazaré. Trabalha com vários angariadores, desde ao 25 aos 60 e poucos anos de idades, e na sua perspectiva, “ter várias pessoas a trabalhar para si é uma mais-valia”, além de trabalhar com exclusividade das casas, ou seja, os imóveis que estão à venda na imobiliária RE/MAX não se encontram em mais nenhuma imobiliária. Este é outro ponto de diferença entre a imobiliária UrHouse4sale, visto que, como declara Mara Silva, “não é vantajoso para o proprietário ter a sua casa à venda num só local, porque em várias imobiliárias tem mais oportunidades”.Ambas as representante das imobiliárias afirmam tratarem de todos os aspectos que a venda de imóveis implica, além de estarem sempre disponíveis para os clientes, que nos dois casos, são maioritariamente estrangeiros e pessoas não residentes na Nazaré. As duas empresárias ainda realçam que muitas vezes é necessário trabalhar com outras imobiliárias, ou seja, haver alguma entreajuda no próprio sector, independentemente da marca. Nos dois casos as representantes mostram-se satisfeitas com os seus negócios e desenvolvimento dos mesmos.