Abílio Santiago mostrou-se satisfeito com o trabalho feito durante o seu mandatoNa recta final do seu mandato na ConfrariaClara BernardinoEm declarações à imprensa, Abílio Santiago fez, no passado dia 26 de Outubro, um balanço da sua actividade à frente da Mesa Administrativa da Confraria de Nossa Sr.ª da Nazaré.Segundo as suas palavras, quando chegou à Confraria, as contas tinham um saldo positivo de 120 000 €, logo, não “herdou” uma Confraria “desequilibrada”. Hoje, a Instituição tem uma dívida de 250 000 €. A dívida prende-se com as obras efectuadas no Centro Comunitário, cuja obra foi abandonada pelo empreiteiro, no edifício da creche / jardim-de-infância, que estava ilegal e precisou de ser legalizado, no Centro Hospitalar e na aquisição dos aparelhos e equipamentos necessários ao “Meios Complementares de Diagnóstico”. Em relação ao edifício da creche, Santiago salientou que a legalização do edifício teve custos muito elevados para esta Mesa da Confraria porque havia volumetria a mais e houve muitos gastos ao nível da impermeabilização que não estava em condições e teve de ser refeita.
A matriz da Confraria é a solidariedade social, assim a “humanização” dos serviços esteve sempre à frente de qualquer acção da actual mesa: a promoção de mais passeios com os idosos, a assistência de uma terapeuta e a existência de água quente nos quartos podem parecer pequenas intervenções, mas importantes para os utilizadores. Neste momento, há 5 grupos de 14 pessoas a prestar apoio domiciliário, para além de 2 Psicólogas que visitam regularmente os idosos.Em relação à Saúde, Abílio Santiago afirmou que o fim do PECLEC (Programa Especial de Combate às Listas de Espera Cirúrgicas) veio dificultar um pouco o trabalho no campo da saúde, o que fez com que esta área de intervenção se tornasse prioritária para esta Mesa Administrativa da Confraria. Há cerca de dois anos começaram as conversações com o Serviço Nacional de Saúde, no sentido de pôr em prática os “Cuidados Continuados” e os “Meios Complementares de Diagnóstico”.Explicou que só há acordo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), depois de adquirido o equipamento e inspeccionado pelo SNS. Para além de todos os aparelhos digitais e equipamentos inerentes aos “Meios Complementares de Diagnóstico”, houve necessidade de reparar as canalizações (40 000 €) e comprar caldeiras a diesel para o Hospital. Cerca de 150 000€ foram gastos no equipamento de quartos com camas eléctricas, cadeirões de forma a dar qualidade para permitir conforto. Considerou que a existência dos “Cuidados Continuados” é uma mais valia para a Nazaré e para os Concelhos que vai servir e frisou que a Confraria está a prestar um bom serviço às pessoas. Salientou ainda que não houve despedimento de funcionários; verificou-se apenas a não renovação de alguns contratos, que chegaram ao fim, e, as pessoas não correspondiam ao perfil desejado. A única situação que ocorreu, neste âmbito, passou por um acordo entre o funcionário e a instituição. Em relação aos funcionários que trabalhavam no ATL, foram redistribuídos por outras valências.Sobre a alienação de Património, o Presidente da Mesa Administrativa da Confraria afirmou que isso não aconteceu neste mandato, mas, se acontecesse, não seria “caso virgem”, pois se a Confraria não criar mais valias fortes, não vai ser capaz de sobreviver sem a alienação de património. Um dos caminhos a seguir, poderá ser o investimento no “Turismo Sénior”.Manifestou a sua satisfação com o trabalho feito, apesar das muitas objecções “vindas de dentro”, de alguns elementos que compõem os órgãos sociais. “Tudo o que fizemos na Confraria, antes de levarmos à Assembleia, levámos ao Patriarcado, porque é ele que tutela esta casa”; “nunca se tomou nenhuma iniciativa sem ser comunicada, ou que ocorresse sem a anuência do Patriarcado.
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