António TrindadeA Câmara Municipal da Nazaré, ao longo dos anos, cometeu graves erros de gestão tendo entrado numa situação praticamente de ruptura financeira que já não pode ser ignorada. No dia 29 de Setembro, deste ano, foi mais uma vez notícia pelas piores razões. Segundo o Jornal semanal “o SOL”, a Autarquia da Nazaré está no Ranking das Câmaras problemáticas do país, passando de sexto lugar para terceiro lugar relativamente às Câmaras mais endividadas, já tendo esgotado o limite do endividamento autorizado por Lei.

Esta situação vai originar um corte nas transferências das verbas da administração central para a Autarquia, até que os limites já ultrapassados, sejam repostos.Estamos na presença de um problema sério que vem trazer para a Autarquia da Nazaré sérias dificuldades na execução das obras anunciadas.A Autarquia, tem em curso candidaturas importantes em diversos programas comunitários um conjunto de projectos que podiam contribuir para este Concelho dar o salto indispensável para o seu desenvolvimento sócio-económico e ambiental, e confronta-se agora com esta realidade, que apesar de ter sido denunciada atempadamente e nunca ter sido assumida, naturalmente que vai ser uma tragédia para o Concelho da Nazaré. Foram as políticas locais erradas que duraram 14 anos na Autarquia e também a desvalorização das políticas de investimentos, o meter sistematicamente a cabeça na areia, que contribuíram para chegar a esta situação dramática. A autarquia tem dívidas por todos os cantos.Não é uma entidade que cumpra atempadamente as suas obrigações, e com a agravante de não ter feito convenientemente o trabalho do Concelho ao nível do investimento publico.Veja-se as Freguesias de Nazaré, Valado dos Frades e Famalicão, os seus lugares de Fanhais Sitio, Pederneira, Raposos, M. Torre, Macarca, Rebolo, Serra da Pescaria Salgado, Casal Mota Quinta Nova Casais de Baixo, com graves problemas de infra-estruturas, desde a falta saneamento básico, pavimentos destruídos, estradas perigosas por falta de planeamento urbanístico, e nada disto preocupou o Município.Tudo isto poderia ter sido evitado, se o actual responsável máximo tivesse partilhado com os vereadores a gestão do Município, o que teria contribuído para o sucesso do Concelho. Assim, estamos no caos.