“Estamos a criar condições para que, dentro de dois anos, todos os jovens permaneçam na escola até aos 18 anos, prolongando o ensino obrigatório até ao 12.º ano”, afirmou a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, no final de uma sessão que assinalou a abertura do ano escolar. O alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos já estava contemplado no programa de Governo.
Durante a cerimónia, a ministra afirmou que está a ser feita “uma revolução silenciosa nas escolas portuguesas”, que se traduz na introdução de mil cursos de cariz técnico-profissional e no regresso de milhares de alunos ao sistema de ensino. “Há em Portugal 500 mil jovens que não concluíram a escolaridade obrigatória ou que não terminaram o Secundário”, referiu, acentuando que a luta pela permanência dos jovens na escola e pela sua qualificação escolar e profissional é uma batalha decisiva para o País.Maria de Lurdes Rodrigues lembrou que, além do programa de distribuição de computadores, o Governo ampliou a acção social no Secundário e criou um programa de reequipamento das escolas, que lhes permitirá melhorar as estruturas, e lançar novas estruturas, como oficinas. “Temos de inverter a actual situação. Tem de ser a escola a ir buscar jovens ao mercado de trabalho e não o contrário”, afirmou, frisando que, no passado, as escolas secundárias preparavam alunos para o Ensino Superior, mas que hoje tem também de lhes poder oferecer a possibilidade de aprenderem uma profissão.
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