Maria Augusta vendedora de artesanato
Nem a venda de peixe ou de quartos associadas resolvem o problema
Sob o olhar das vendedoras o peixe não sai para os turistas
Maria João Ferreira e Alzira Limpinho vendem artesanato
Francelina Quinzico vendedora de peixe seco
Isabel Murraça vendedora de caranguejos
Cesaltina Costa e Maria Zulmira alugam quartos
Mau tempo e Crise também afectou os nazarenos Carlos Barroso Este ano o Verão foi o mais frio dos últimos 20 anos e consequentemente, afectou os negócios dos nazarenos. Também a presença de nuvens a prometerem e a cumprirem chuva, levaram a uma redução de veraneantes no areal e na avenida marginal. A ajudar todo este clima a falta de dinheiro, caracterizou a crise vivida, sobretudo no comércio que costuma ter nos meses de calor um aumento de lucros garantido. Para Francelina Quinzico, a sua boa disposição que a caracteriza, leva-a preferir “estar na universidade de Oxford a tirar curso do que estar aqui a vender peixe seco” na avenida, desabafa com um sorriso no lábios.
Esta vendedora comentou também que os estrangeiros “chegam aqui e ficam extasiados”, mas as vendas “estão cada vez pior porque não há dinheiro”. Também Maria Augusta, vendedora de artesanato revela que este ano “o Verão correu mal nas vendas”, por terem estado menos pessoas, principalmente “em Julho na Nazaré” e as que vieram “não trouxeram dinheiro. Toda a gente acha tudo caro e por isso só compram o indispensável”. Isabel Murraça, lembra os tempos de infância, quando vendia a dois tostões a dúzia de caranguejos, mas “agora estão a dois euros”. Para esta vendedora “o negócio vai mal”, mas também não pode baixar o preço, porque de outra forma não vale a pena vender. Cesaltina Costa e Maria Zulmira que tentam alugar quartos na época de Verão, comentam que este ano, em pleno Agosto ainda tem apartamentos e quartos para alugar, facto que em outros anos não acontecia. As nazarenas comentam mesmo que o mês de Julho foi pior do que Agosto, mas ainda assim a culpa fica pela falta de imigrantes do norte e pela falta de dinheiro, desdramatizando o tempo instável, próprio da zona. Já Maria João Ferreira e Alzira Limpinho o negocio do artesanato este ano correu tão mal que as levaram a reduzir os preços. Mesmo assim as peças de fabrico caseiro não saem o que para Alzira Limpinho, é um problema. “No ano passado depositava dinheiro e este ano tenho de o levantar. Ainda não consegui depositar nada. Não sei como vai ser o Inverno, porque não tenho poupanças”, desabafa. Apesar de alguns milhares de visitantes diários, este foi o pior Verão dos últimos anos e o comércio ressentiu-se. O aluguer de barracas na praia, a afluência às esplanadas dos cafés e a venda nos quiosques diminuiu para mais de metade.
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