“Inferno” ou sucesso? Clara Bernardino Para Jorge Barroso, Presidente da Câmara Municipal da Nazaré, a Beach Party, que decorreu no areal da praia da Nazaré no último fim-de-semana de Agosto, foi um sucesso. Segundo as sensibilidades que recolheu, a experiência deve ser repetida, à semelhança do que acontece em outras praias da região e do país, como forma de promover actividades que envolvam os mais jovens e os amantes da noite. Para António Trindade, o ruído provocado pela festa foi uma queixa frequente entre as sensibilidades que recolheu. Na sua perspectiva, estas iniciativas seriam louváveis se trouxessem um valor acrescido ao turismo, no entanto, “é exactamente ao contrário, apenas contribui para afastar ainda mais os turistas da Nazaré e agravar a actual situação económica social e financeira do Município”- segundo afirmou.

Em causa, segundo o vereador do GCI, estava a violação da lei do ruído e da lei do país, o que colocaria o Presidente da Câmara numa situação de fragilidade para poder impor leis aos munícipes. Questionou ainda se tinha havido autorização por parte das entidades que tutelam a praia para organizar aquele tipo de evento. O Presidente da Câmara recordou que este tipo de espectáculos é comum em zonas turísticas do nosso país como, por exemplo, Portimão. Reforçou a ideia de que o saldo positivo desta acção da UAC, que contou com o apoio da ACISN e da Câmara Municipal, é extensível à animação da praia, já que o ambiente era “leve” e “aberto”. Daniel Meco, Presidente da Associação de Nadadores-Salvadores, em declarações ao Região da Nazaré, louvou a iniciativa, pois apesar do ruído, “a Nazaré tem que evoluir; é preciso fazer coisas novas! É preciso apostar no turismo jovem e se em outras praias do país há o aproveitamento do areal para este tipo de animação, é preciso definir que tipo de turismo se pretende para a Nazaré!”