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Gravura do Mosteiro de Alcobaça e do pelourinho Gravura da Praia da Nazaré em 1840 Tesouro “escondido” em Famalicão e “cobiçado” pelo Mosteiro Rui Rasquilho já visitou esta biblioteca, segundo o Engenheiro Monteiro, e ofereceu-lhe um espaço no Mosteiro de Alcobaça Clara Bernardino Em Famalicão, há um “tesouro” por descobrir, à espera que os autarcas […]

Gravura do Mosteiro de Alcobaça e do pelourinho

Gravura da Praia da Nazaré em 1840

Tesouro “escondido” em Famalicão e “cobiçado” pelo Mosteiro Rui Rasquilho já visitou esta biblioteca, segundo o Engenheiro Monteiro, e ofereceu-lhe um espaço no Mosteiro de Alcobaça Clara Bernardino Em Famalicão, há um “tesouro” por descobrir, à espera que os autarcas ou quem de direito descubra o seu valor e queira garantir a sua segurança e a sua divulgação entre aqueles que procuram nos livros, e, nos legados de gerações passadas, a resposta para os seus trabalhos de investigação e pesquisa. Este espólio único e original pertence ao Engenheiro Civil Adriano Monteiro que, aos 45 anos, trocou a engenharia pela pesquisa e investigação e, que ao longo da sua vida, foi adquirindo originais de obras de valor incalculável para os estudiosos de vários temas como Arqueologia, Geografia, Morfologia, História da Arte, Religião, Cartografia, História, nunca perdendo de vista o que diz respeito a esta região como a obra de Bordalo Pinheiro, mais de 40.000 postais e gravuras únicas da Batalha (de onde é oriundo), Alcobaça, Nazaré e outras localidades, Monografias Locais da região centro, passando pelo Cancioneiro Popular e uma vasta colecção de tecidos antigos e de trajes. Este espólio reúne os livros mais importantes que franceses e ingleses escreveram sobre Portugal como, por exemplo, a obra de William Bradford.

A Biblioteca Nacional e a Fundação Mário Soares têm feito reproduções de muitos dos seus livros, tendo em conta a raridade de muitas obras. Esta “Biblioteca” reúne o que é considerado pelos Professores Universitários Carlos Mendes, Moisés Espírito Santo, António Vicente (Universidade Nova) e Saul Gomes da Universidade de Coimbra, o maior acervo bibliográfico e iconográfico do Distrito de Leiria e Região Centro. Uma parte desse espólio foi sendo reunido para fundar o Centro de Estudos Nazarenos, que chegou a funcionar no Sítio da Nazaré, mas que, por falta de espaço e porque um dos outros fundadores da Associação Defesa da Nazaré (ADN) não quis adquirir o “Lance Norte” (onde está hoje instalada a Caixa de Crédito Agrícola), acabou por instalar-se, “provisoriamente”, em Famalicão. Aos 66 anos, o Engenheiro Monteiro gostaria de legar o seu espólio à Nazaré, mas sente-se incompreendido pois afirma que dirigiu algumas cartas ao Presidente do Executivo Camarário, bem como convite a vários Vereadores dos diversos quadrantes políticos, sem obter qualquer tipo de resposta. Questiona o facto de o Museu Dr. Joaquim Manso, com pouco espólio, ter direito à construção de novas instalações (fala-se numa obra de autor), e que a Câmara Municipal, que não tem livros, tem uma Biblioteca nova e a sua “Biblioteca” com mais de 250 metros de lombadas repartidos por 58 estantes continua instalada num edifício sem condições de espaço, segurança e trabalho, uma vez que se distribui por seis compartimentos em dois pisos. Entre as diligências tomadas para salvaguardar este espólio, o Engenheiro contactou também o Instituto do Livro, que, entretanto, foi extinto e o processo transitou para a Biblioteca Nacional, que aguarda uma resposta da Câmara. O destino deste “tesouro cultural” poderá ser a Federação de Municípios ou qualquer outra entidade, a menos que o nosso município “agarre” esta oportunidade única de ter ao seu cuidado um espólio tão importante como este à disposição da população e de colocar a Nazaré no roteiro cultural de muitos investigadores, que sabem que só aqui podem encontrar obras únicas, que nem sequer existem na Biblioteca Nacional. Para Monteiro, o povo tem razão quando diz que “Dá Deus nozes a quem não tem dentes” e continua à espera da resposta da Câmara para descobrir se há dentes suficientes para tão raras “nozes”.

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