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TRIANGULANDO LLL.LISBOA. LUTA. LIBERDADE.

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Rogério Raimundo Vereador PCP C.M.Alcobaça Inicio o meu (o já nosso) Triangular com o L de LISBOA. Estou a escrever-vos no final da noite, do domingo eleitoral, intercalar, na capital. Confesso que fiquei em estado de choque com os 63% de abstenção! Os, e as, Lisboetas deram uma de desprezo por este acto democrático, recusando […]

Rogério Raimundo Vereador PCP C.M.Alcobaça

Inicio o meu (o já nosso) Triangular com o L de LISBOA. Estou a escrever-vos no final da noite, do domingo eleitoral, intercalar, na capital. Confesso que fiquei em estado de choque com os 63% de abstenção! Os, e as, Lisboetas deram uma de desprezo por este acto democrático, recusando ir votar.

Fiquei arrepiado, mesmo, com pele de galinha, quando verifiquei que o PS, apregoado como claramente vencedor (pelo seu mandatário, Júdice, que deu uma cambalhota recente saindo do PSD e recém convidado, por Sócrates, para comandar o programa imobiliário do Beira Tejo), teve que recorrer a 2 excursões de idosos de Alandroal e de Cabeceiras de Bastos, para o seu secretário-geral, e 1º ministro, ter povo para o ouvir discursar e para acenar bandeiras. Este facto, último, fez-me lembrar as excursões de apoiantes, arrebanhados com almoços e visitas a Lisboa, organizadas pelos aparelhistas de Marcelo Caetano e de Salazar. Confesso que fiquei na pior, preocupadíssimo! Daí este tom, pessimista, inicial, neste texto opinativo. O PS teve menos votos, eleitores, que em 2005 para as autárquicas com o cabeça de lista Carrilho (que numa desfaçatez impressionante esteve, nesta noite, como comentador na TVI ignorando a sua prática e a da sua lista PS, nestes 2 anos de gestão). Teve 29% quando, em 2005 para as legislativas, teve 43% no concelho lisboeta! Carmona (ex- Presidente da Câmara do PSD) e o PSD tiveram mais votos que o PS (António Costa) o que é demonstrativo que o governo ficou muito mal nesta eleições. Os 10% da Helena Roseta são, também, descontentamentos, claros, da prática política do PSócrates. É claro que também não estou satisfeito com os resultados da CDU, apesar de mantermos os 2 eleitos que tínhamos e com isso podermos manter uma presença actuante na vereação. Se tivéssemos o mesmo nº de votos que tivemos em 2005, seríamos segunda força política nestas eleições! Porque não conseguimos convencer o Povo da alternativa? Porque não convencemos, ao menos, o nosso eleitorado? No 2º vértice do triângulo, avanço com outra palavra com L: LUTA. Em todo o lado, positivamente, confiante, o povo vai resistindo e lutando. Até na festa do Estádio da Luz, 40 mil vaiaram, maravilhosamente, Sócrates! Nos ataques ao Serviço Nacional de Saúde ou no fecho de escolas, comissões e massas resistem e são criativos e alegres na Luta. Esta semana milhares de funcionários públicos manifestaram-se, aguerridos, mais uma vez, contra uma avalanche de retirar de direitos conquistados ao longo de décadas. Como sabíamos, a questão não estava em retirar aos funcionários públicos, para dar aos que trabalham no privado. O governo PS tem estado, sempre, a tirar a todos os trabalhadores, a todos os que produzem e empreendem, a todos os Portugueses e Portuguesas. Está a nivelar por baixo, com perda generalizada do poder de compra de todos e com um excepcional enriquecimento, instantâneo, de meia dúzia. O poder central, Sócratista, está com maioria absoluta, mas está aflito, inseguro, com peso na consciência. Há tiques e sinais preocupantes de censura e de (re)pressão para quem luta, para quem está contra o governo. Há declarações de altos responsáveis que fazem lembrar outros tempos. Por enquanto, não impede o povo de se manifestar (a não ser militares), mas recolhe nomes de quem se manifesta e tenta esconder, afastar manifestantes, dos espaços do poder e dos seus convidados. Há dias, nas inaugurações da A17 (que era para ser na Marinha Grande e na véspera é desviado o local da festa) e da Ponte das Lezírias, criaram um espaço para os convidados e esconderam-se, com medo, do povo. Recentemente, o 1º ministro entra na Casa da Música, pelos bastidores. Fazem lembrar cenas já vistas com a governação do PSD/PP. Para acabar o escreviver, a tri-temática, saliento o L de LIBERDADE.Naturalmente a que vem do 14 de Julho da Tomada da Bastilha, da Revolução Francesa, acompanhada, das palavras-princípios-valores, da Igualdade e da Fraternidade. Mas não a festejada por S(ócrates) e S(arkózy) nos Campos Elísios com um poderio militar, duma Europa contra os Povos. Dou o destaque para a necessidade de TOCAR A REBATE em defesa da Liberdade, onde se aplica a inteligência, a imaginação, para resolver as nossas necessidades. Alerto que, se nos distraímos, com estes episódios, que têm um maestro político, que têm uma conjuntura, que tem muitos poderosos que só vêem o lucro e o enriquecimento, perdemos a LIBERDADE a sério. Esta, bem sabemos, que temos de conquistá-la todos os dias. Lutando, sem medos, exercendo os nossos direitos e os nossos deveres. Para terminar é bom lembrar Bertolt Brecht, no poema “Elogio da Dialéctica”: A injustiça avança hoje a passo firme. Os tiranos fazem planos para dez mil anos. O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são. Nenhuma voz além da dos que mandam. E em todos os mercados proclama a exploração: isto é apenas o meu começo. Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem: Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos. Depois de falarem os dominantes Falarão os dominados. Quem pois ousa dizer: nunca? De quem depende que a opressão prossiga? De nós. De quem depende que ela acabe? Também de nós. O que é esmagado, que se levante! O que está perdido, lute! O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha? Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã. E nunca será: ainda hoje.

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