EDITORIAL António Salvador Há uma crise de valores no Poder Local. Uns querem manter o poder, outros querem assaltar o poder e outros querem mostrar que nunca estiveram no poder, mas querem voltar… A classe política tem perdido alguma da credibilidade que possuía, pela acção irreflectida e irresponsável de certas pessoas que não demonstram estar realmente interessadas no bem estar das populações e no desenvolvimento económico e social dos Concelhos que deviam administrar com zelo, rigor e seriedade.
Afinal, o que se passa? Da Capital ao pequeno Município, apesar da cobertura da Comunicação Social (o Povo diz “política a mais também cansa”), há cada vez mais abstenção e desinteresse das pessoas pelos políticos, talvez porque o discurso da maior parte deles é populista e oportunista, é pontual e para a circunstância das eleições, sem ter um programa e uma estrutura realmente séria e credível. Até quando vão as pessoas suportar e tolerar que existam pessoas que não estão empenhadas em administrar o Interesse Público, mas sim em lutar por questões menores, baseando a sua posição em lutas pessoais ou partidárias? Será que estes políticos não vêm que a população não quer isso, mas sim que formem uma equipa, plural e democrática, para discutirem as melhores soluções e para as porem em prática com empenho, na defesa de um só Interesse Colectivo!? Depois, aí está a abstenção, isto é, a falta de vontade das pessoas em participarem (em Lisboa só uma pequena parte será devido às férias). Afinal, onde queremos ir? Porque tem de ser tudo tão difícil? O Futuro da população depende da acção dos Políticos. Será que o Povo vai continuar a admitir que alguns tenham um comportamento irresponsável e que percam tempo com lutas pessoais e partidárias, em vez de defenderem o interesse dos Cidadãos, tirando proveito das suas capacidades pessoais e energia para ajudar o seu Concelho? Muitos têm capacidades e vontade de ajudar na resolução dos problemas e contribuir para o desenvolvimento da sua Terra. Porque não o fazem? Será que a população tem de continuar a virar as costas aos políticos e afastar-se porque vê que “ninguém se entende” e que vamos continuar a ver uns “caranguejos a tentar subir o balde, com outros a puxá-los para baixo”, em vez de empurrarem todos para cima? A maior parte dos problemas sociais e financeiros dos Cidadãos podem resolver-se com união e criação de riqueza e desenvolvimento económico de empresários e empresas, que trazem mais e melhores condições de trabalho para a População. Conhecem outro caminho? E se trabalhássemos todos com esse objectivo?
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