António Trindade Vereador da Câmara Municipal da Nazaré A luta contra a ditadura fascista para a restauração da Democracia, foi feita por muitos interveniente ao longo de meio século: Trabalhadores, Estudantes, Associações, Grupos da Sociedade Civil, Intelectuais Organizações Antifascistas, Militares e Comunidade Internacional.
Uma das acções mais mediáticas na época, em Janeiro de 1961 contra o regime da ditadura Salazarista foi o assalto ao Paquete de Santa Maria, feito pelo Capitão Henrique Galvão. Tal facto foi para chamar a atenção da comunidade internacional para a situação política e social que se vivia em Portugal. Um ano depois, a Assembleia-Geral da ONU, aprova uma resolução contra Portugal, pela acção armada desencadeada contra o povo de Angola, reafirmando o seu direito à autodeterminação e independência. Quatro anos depois, em 1965, o General Humberto Delgado foi assassinado pela Pide. Todos pagaram caro a sua luta. Uns com a vida, outros com a prisão e tortura outros com exílio e deportação. Outros com outro tipo de deportação. Enquanto uns fugiam à guerra do ultramar, para França, outros, embarcavam em navios bacalhoeiros, todos pela mesma causa e pela mesma luta. Uns morriam na guerra outros nos naufrágios nos mares da Groenlândia, na segunda frente de batalha contra o regime de Salazar. Os movimentos de libertação contra o regime da ditadura, intensificavam-se com apoios nacionais e internacionais. O país estava isolado do resto mundo. Tudo se preparava para o fim do regime. A intervenção rápida dos jovens Capitães de Abril, deixaram os ditadores sem resposta. ou reacção. Foi o Batalhão, formado por estas companhias, que instauraram a Democracia e deram ao Povoo direito de escolher os seus verdadeiros representes em liberdade, para governar o país. Mas tudo isto para quê? Para criar uma Sociedade Livre, Democrática e mais justa. Só a Vivência em Democracia faz nascer a Justiça Social.
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