Sub-13 do Beneditense na companhia do treinador Gonçalo Penas
Futebol Formação: Gonçalo Penas do Beneditense fala do futebol mais jovem do seu clube
Região da Nazaré – Como tem decorrido nos últimos anos o futebol de formação do Beneditense, e quantos atletas equipas tem actualmente o clube?
Gonçalo Penas – Podemos considerar que a próxima época desportiva será importante para avaliar o trabalho realizado nos últimos 10 anos no futebol formação. Espera-se que na época 2007/2008 haja, pela 1ª vez, um número significativo de atletas a subir do escalão de júnior para a equipa sénior, o que demonstra um conceito de continuidade e regularidade na prática desportiva por parte dos jovens. Por isso, podemos considerar que se tem realizado um bom trabalho, promovendo a prática desportiva a cerca de 180 atletas, distribuídos em 9 equipas, de escolinhas a juniores, o que numa vila com 10.000 habitantes é considerável.
R.N – Quais os objectivos que o clube pretende para engrandecer a colectividade com o futebol de formação? G.P- Cada vez mais o futebol de formação tem de ser encarado como uma actividade extra- curricular, isto é, actividade de regime livre que possibilite aos jovens a ocupação dos seus tempos livres. Todos temos de ter consciência da importância e dos benefícios da prática de actividade desportiva, de forma a perceber que, independentemente da qualidade e do nível de desempenho dos jovens atletas, o importante é praticar desporto. Só assentando a nossa formação nesta base é que poderemos dar condições aos jovens que melhor desempenho têm, possibilitando objectivos ambiciosos e adaptados. Com a colaboração da direcção, treinadores e, principalmente, dos pais, podemos melhorar e conseguir que todos os jovens praticantes de futebol no Beneditense consigam, à sua maneira, ser felizes. R.N – Quais as carências que encontras no futebol jovem distrital? G.P- A principal carência do futebol jovem distrital é a mentalidade de alguns dirigentes, treinadores e pais. O papel que o desporto tem na sociedade é muito mais amplo do que uma mera competição, é fundamental que TODOS saibamos que, quando promovemos a prática desportiva a um jovem, é ele o principal beneficiário dessa prática. Não PODEMOS andar iludidos com uma “taça”, ou à procura de que o “filho” consiga alcançar aquilo que enquanto “pai” não conseguiu. E, quando não interpretamos devidamente o papel da prática desportiva na sociedade, é natural que a falta de instalações desportivas e de recursos materiais seja uma consequência. JJP
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